terça-feira, 29 de junho de 2010

MULHER LOUCA


Procura-se alguém louca
louca para ligar
no meio da noite e dizer:
eu te amo
eu me lembrei de você
eu estou com saudades
como foi o dia?
pensei nas fotos....
quero outras
quero de volta
quero posar para você
fiquei excitada!

alguém louca
louca para ligar meia-noite,
uma, duas, três da manhã
e perguntar: está dormindo?
como vai a saúde?
raspei a buceta hoje
como vai o Tiradentes
(ou o bráulio?)
ou o pênis?

Quero você
Quero que seja louca
Quero que ligue para mim


Ah... anota aí o telefone 248.....


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Poema (?) feito em 14 de dezembro de 1998, a 1,20 da manhã. Publicado nas folhas 64, do livro SACUDINDO A POEIRA, do autor do blog, Emanoel Viana.Repetido em razão de paixões recentes e não satisfeitas. Um incentivo à..... e o telefone agora é (098) 9119.0139 ou 9117.9117

quinta-feira, 17 de junho de 2010

MEUS OLHOS E TU



olhos
olhos que pensam e que falam
que traduzem os meus sentimentos
que refletem o meu estado de espírito
que choram e riem
que confirmam e desmentem
que demonstram medo...
olhos meus que tudo sentem
meus olhos é minha alma
sou eu

olhas nos meus olhos


é com meus olhos, que te olho
ora, como colega
como mulher
ora com intenções claras e definidas de a ter como amante
num só momento, num local qualquer

meus olhos
é com esses olhos que não olhas
que te vejo
que te olho
que te sinto


olhas nos meus olhos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE POLÍTICA




Normalmente quando se vai ao banheiro para fazer as chamadas necessidades fisiológicas, o natural é se levantar, dar descarga, lavar as mãos e sair. Gente educada. Há alguns que não lavam as mãos.
Outros, examinam o resultado sólido, as fezes ou o popular cocô ou merda mesmo. Tal qual quando se é pai ou mãe pela primeira vez, examina o cocô do bebê. Quando se tem criança se examina para saber a cor, a consistência, o odor etc... para se dizer ao pediatra e, assim, acompanhar o crescimento do menino/a. Em adulto, a situação é diferente.

Tem gente que examina todo dia. Olha a mesma merda todo dia. Há gente que tem regularidade, todo dia, na mesma hora, com a mesma duração, com a mesma quantidade de merda, sempre. Muda governo, entra governo, digo, come todo tipo de comida, come salada, come carne, come massa, come carboidrato, não muda nunca.

Há outros que mudam, tem dia que o cocô é ralo, tem dia que está verde, tem dia que está água, tem dia que só sai bolinhas, tipo cabrito e por aí vai. Tem gente que mede a merda, analisa o tamanho, fica admirado com o tamanho e pensa como aguentou colocar aquela merda, daquele tamanho pela última parte do intestino grosso ou reto ou anús ou cú, mesmo.

Ah... tem os hipocondríacos que examinam para saber se tem sangue, se tem pedaços de tomate ou quaisquer outros alimentos, se a merda foi ou não digerida e por aí vai. Tem gente que esfarela o cocô procurando não sei o quê e, por fim, tem aqueles que cheiram para saber se está fedorento mesmo.
E passa ano e após ano e tudo continua na mesma, os ministros e secretários de Estado e do Município, bem como continuam os generais e coronéis, os desembargadores e juízes, os procuradores e promotores, dirigentes e dirigidos, nada muda. O mesmo cocô de sempre.
Ah... o que muda são as outras merdas.

Veja por exemplo, o cocô dos passarinhos. Comem folhas naturais e outros alimentos saudáveis e defecam branco, sem odor, sem cheiro. O mesmo acontece com os camaleões, se bem que, quando comem cenoura ou outra alimento rico em ferro, defecam ao invés do branco, fezes pretas. Mudam de cor, é o mimetismo fecal. Nada tem a ver com a mudança partidária ou do governo.

Por fim tem o Louro, é o papagaio/a filho/a de minha mulher. Come sempre sementes de girassol e outras besteiras como farinha dágua ou faroca. Defeca branco com pintas verdes e sem cheiro, sem fedor.

Chega, caguei, digo, falei e não digam que falei de política e suas implicações de mudanças governamentais, ascensão de partidos menores etc... etc...

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Artigo publicado no Jornal EXTRA, semana de 26/02 a 04/03/2007. Publicado na íntegra pela atualidade com o PT se unindo ao PMDB, PDT com PSDB para Presidencia da República. Mudança de dirigentes no Governo do Maranhão, na Prefeitura de São Luis, no Tribunal de Justiça, na Procuradoria de Justiça do Estado. Sem nenhuma ofensa.

UM DE CADA UM MILHÃO OU BILHÃO?



PRISÃO POR DUAS MELANCIAS "
- O Brilho da Justiça Brasileira -
(
Dr. Rafael Gonçalves de Paula )

Nosso Comentário: após conseguirmos a devida autorização do autor, acima nomeado, temos muita alegria em publicar esta decisão, porquê ela nos dá a sensação de que 'nem tudo está perdido...', de que ainda existem juízes que se preocupam com a verdadeira JUSTIÇA e não com a HIPOCRISIA que a tem substituído desde há muito, que possuem a CORAGEM de tomar decisões, saneando de vez situações cômicas e externando suas convicções na busca da VERDADE e da SERIEDADE que tanto nos fazem falta. Nossos parabéns e agradecimentos ao Dr. Rafael Gonçalves de Paula. Que a sua sentença possa servir de 'lume' aos 'cegos do poder', tanto aos que deambulam pela magistratura como aos empossados como 'autoridades' desse nosso amado e ultrajado BRASIL!!! Não necessitamos de montes e montes de leis vazias, de novos órgãos para controlar outros órgãos, multiplicando ainda mais a 'burocracia'..., carecemos sim de pessoas HONESTAS, com CORAGEM para TOMAR ATITUDES baseadas na verdadeira JUSTIÇA universal. Somente assim iniciaremos a construção de um novo mundo, onde a PAZ, a ORDEM e a FRATERNIDADE possam imperar!!!


Decisão proferida pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula nos autos nº 124/03 -
3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO:

DECISÃO

Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.

Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional),...

Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém.

Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário.

Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia,....

Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?

Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.

Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.

Simplesmente mandarei soltar os indiciados.

Quem quiser que escolha o motivo.
Expeçam-se os alvarás. Intimem-se

Palmas - TO, 05 de setembro de 2003.

Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito

PROCESSOS



Atrás de cada processo tem um ser humano.

Anotou? Na busca de Justiça o cidadão comum utiliza de uma coisa chamada processo para atingir seus escopos, traduzindo, é como uma pessoa que pega um ônibus para chegar no lugar que quer ir. Acontece que, como o ônibus, há os obstáculos, é o ônibus que não pára, ruas esburacadas, trechos interditados, terminais de integração, quebra do ônibus, pneus furados, assaltos, parada para tomar café quando o motorista é irresponsável, para o trocador urinar ou namorar, se o mesmo acontece com ele e por aí vai.

O motorista não está ligando se o cidadão marcou, por exemplo, um exame com antecedência de 6 (seis) meses e tem que chegar na hora marcada. Não está nem aí, não pensa no passageiro, o seu objetivo é fazer corridas, chegar no horário, não ser assaltado e nem pagar pelos prejuízos que acontecem no ônibus.

Vamos ao processo.

O cidadão quer Justiça, quer, por exemplo, que a Associação de Promotores de Festa deixem de fazer barulho. A lei diz que eles só podem fazer festa se houver revestimento acústico, com alvará para funcionar, terminando meia noite ou duas da manhã, conforme a época, não podem vender bebidas a menores, não podem consumir drogas e por aí vai.

Ingressa na Justiça com Ação de Obrigação de Fazer cominada com Ação de Danos e pedido de Liminar. De cara logo, tem que pagar custas ou se alega que pobre, há de haver alguém – o próprio Juiz – que pedirá comprovação do fato. Primeira parada.

Recebida a Ação, vamos andar. A distribuição passa dois dias para mandar para o cartório. O cartório, formada por gente nova que não conhece o roteiro do ônibus, passa cinco dias, no mínimo, para “subir” com o processo. Ou, se está em correição, vamos passar 35 dias para o fato. Segunda parada.

O processo “sobe”. Se tem Juiz, titular, a gente fica esperando a boa vontade de vossa excelência. Se tem Juiz, substituto, só despacha “coisas urgentes” e que “não fira, não gere polêmica, não passe por cima de”, enfim, não faz nada. Se não tem Juiz, aguarde-se. Mais uma parada, 6 meses do mínimo.

Um exemplo: tenho processos de 2001 esperando despacho ou sentença do Juiz.

Continuemos, se o Juiz está esperando ser Desembargador, espere 5 anos ou ingresse com outra Ação, esperando que o computador erra na distribuição e cais em outra vara. Pegue outro ônibus. Aí, o Juiz manda, quase sempre, ouvir o Ministério Público, o Promotor, que dá seu parecer. Se o Promotor tiver de férias ou recesso, espere 6 meses.

Voltando do Promotor, mais 6 meses para o Juiz despachar, se não estiver fazendo curso, se não estiver de férias, se não estiver de recesso, se não estiver acumulando varas, se não estiver na corregedoria, se não estiver no chamado eleitoral. Enfim, aguarde.

Deu a sentença, eureca! Aí vem as apelações, agravos, recursos, e por aí vai até o cidadão que queria Justiça, morre. Morre esperando o ônibus.

É preciso que, pelo menos, o trocador funcione; que, pelo menos, seja ágil o protocolo do Judiciário, que a Distribuição corra, que a Secretária Judicial cumpra os prazos e remeta ao Juiz, que o Juiz obedeça os 10 dias para o despacho, que o Promotor ature somente nos processos que seja obrigatório, que o Oficial de Justiça apareça no trabalho e cumpra os mandados, enfim, é preciso pensar que atrás de cada processo existe uma pessoa humana esperando ser atendida.

É difícil para o profissional que se preza viver o dia-a-dia do cidadão indefeso, à mercê de um monte de motoristas irresponsáveis, de integrantes do Judiciário que vivem em outro mundo e pensam que processos são pedaços de papel e que as pessoas que procuram o Judiciário vão ali para “encher o saco”.

Que nunca precisem do Judiciário Maranhense.

Que nunca andem de ônibus, continuem nos carros oficiais pagos pelo povo.
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Artigo publicado, reproduzido na íntegra, Jornal EXTRA, edição semanal de 29/01 a 04 de fevereiro de 2007. Colocado no blog por oportuno diante da morosidade dos processos nas Varas e Juizados Especiais. Sem nominar para ser Ético.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O CACHORRO DO JOSÉ SALIM ROSA


Chama-se José Salim Rosas, Jornalista, Radialista e Advogado. Foi meu colega em algumas matérias no curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão. Tivemos pouco contacto, lá. Mas tarde, devido a minha amizade com o Otelino Filho e Conceição (são irmãos) o contato se afinou. Também porque passei a morar em um apartamento no edifício Andressa, na curva do noventa/entrada do bairro Vinhais onde moram Otelino e Salim. Ou moravam.

A gente ficava na curva, na entrada, em um bar que existia e se ficava praticando exercício de levantamento de copos, arremesso de guimbas e outros menos saudáveis como tira-gosto de lingüiça. Otelino gostava de cerveja com cachaça ou uísque; Salim na cerveja gelada; eu ia de acordo com o dia, o momento.

Um dia, no cair da tarde, Salim encostou e disse que não iria mais beber, não queria morrer de câncer, de cirrose e, a partir daquele dia, só água ou leite ou café. Ficamos a ouvi-lo e lá para as oito da noite, ele se levantou e falou que iria para casa. A distância do bar para a casa de Salim é de duas ou três quadras, no máximo 500 metros.

Não demorou 15 minutos, chega Salim chorando, rasgado e com sangue saindo pelos braços. Todo mundo apavorado, peguei o revolver e fui procurar quem havia agredido. Naquela época havia o porte de arma para “autoridades”. Otelino, João Alexandre, não sei se o Nina estava, todos correram para ajudar Salim.

Foi ao banheiro, se limpou e disse que tinha sido os seus cachorros, os autores da agressão. Creditava ao fato de, todo dia, abrir o portão, falar com os cachorros e entrar para jantar, ver televisão e dormir. Depois de falar com a mulher. Parece-me que os animais o estranharam.

Chateado, puto das calças, entornou todas. Bem “tochado”, com as pernas bambas e protestando, filosofando, saiu para a casa. Ao chegar, abriu o portão e os cachorros bateram o rabo de alegria. Emocionado e bêbado, caiu no gramado. Os cachorros ficaram a lamber suas feridas e cada um dormiu do lado do Salim.

Pela manhã, sua mulher o encontra dormindo no terraço, com as feridas fechadas e os cachorros as lambendo, suavemente como se lambendo os filhotes. Ficou sarado, bonzinho, não teve necessidade sequer de receber vacinas.

Salim hora confirma, hora diz que o fato se deu com o Otelino. Otelino hora confirma, hora diz que foi comigo. O certo que o fato aconteceu, os cachorros, as feridas, a noite ao relento no terraço, tudo verdade, o que muda é o bêbado.

Bons tempos!

É PRECISO AMAR A ILHA DE SÃO LUIS



Foi o slogan de um candidato a Vereador em tempos idos, ou parecido pois dizia: é preciso amar a cidade. Hoje, no engarrafamento ao sair de casa e acessar a pista principal do engarrafamento maior na MA-230 ou Avenida dos Holandeses e vir ao escritório, passando pelos buracos da Camboa, avenida Vitorino Freire e Areinha, me lembrei da frase.

Entra prefeito, sai prefeito e a Ilha continua apodrecendo, enquanto os chamados chefes do executivo ficam ricos, viram deputados, senadores, governadores, empresários, secretários. Alguns viram homosexuais, dizem, o que contesto, já eram antes de serem prefeitos.

A culpa é do povo? É, deixa-se convencer pela emoção e vota em Gardênia, Jackson Lago, Conceição Andrade, Tadeu Palácio, João Castelo, sem contar com os nomeados Haroldo Tavares (este trabalhou, exclua), Roberto Macieira, Ivar Saldanha, Bayma Júnior, Vicente Fialho, Mauro Fecury e tantas outras nulidades em administração municipal que não fizeram absolutamente nada, salvo este último que fez algumas intervenções em vias de tráfego.

Há de se votar na pessoa, enquanto se reforma o sistema partidário nacional. Quem é o candidato, o que fez, o que foi, o que é, o que vai fazer, como vai fazer, tem quem o ajude, tem onde obter recursos, o partido tem prestígio, o partido tem quadros, e por aí vai. Respondido isso, o elegemos e cobramos, juntamente com os chamados vereadores.

Vou me ater no que pensei ao começar este comentário longo, o retrato da cidade ou o mapa da Ilha. É comum, nos currículos haver a adição de foto 3x4, o rosto do pretendente; também é comum para se contratar um profissional de passarela, examinar o book (livro), uma série de fotografias em todas as posições e vestimentas ou sem vestimentas. O mesmo se aplica as cidades, todas deveriam ter um mapa para se conhecer as ruas, as praças, as áreas públicas, os locais de diversão, os hospitais, as delegacias, os órgãos públicos, teatros, cinemas etc...

Cartografia, este é o nome. Vou transcrever o que encontrei na internet: Cartografia (do grego chartis = mapa e graphein = escrita) é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. O vocábulo foi pela primeira vez proposto pelo historiador português Manuel Francisco Carvalhosa, 2.ºVisconde de Santarém, numa carta datada de 8 de Dezembro de 1839, de Paris, e endereçada ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, vindo a ser internacionalmente consagrado pelo uso. Das muitas definições usadas na literatura, colocamos aqui a atualmente adaptada pela Associação Cartográfica Internacional(ACI):

Conjunto dos estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração dos mapas a partir dos resultados das observações directas ou da exploração da documentação, bem como da sua utilização.

A primeira providencia que o Prefeito deve tomar é mandar atualizar ou fazer o mapa da cidade. Onde começa e onde termina a cidade, nome das ruas, onde começa e onde termina os bairros, nome de cada um, áreas verdes sem uso, áreas chamadas bem comum, olhar a cidade, ver...

Onde começa e termina o bairro Quintas do Calhau? O define um bairro? Aquilo é bairro ou um pedaço de outro bairro? Quais as áreas verdes existentes? Quais as invadidas ou ocupadas? Quais as cedidas ilegalmente? Quais os serviços públicos existentes? Qual a população? Quantas residências? Quais as vias de acesso? Quais os nomes das ruas, alamedas, vias, travessas, praças? É somente residencial?

Pergunte para o prefeito de São Luís, pergunte a qualquer um dos 21 vereadores de São Luís, nenhum deles sabe de nada. Aposto o que quiserem.

Taí, para quem não tem o que fazer na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura de São Luís, uma sugestão: fornecer um mapa da cidade, atualizado, com todas as informações a cada um de seus habitantes, juntamente com a Lei Orgânica do Municipio e vender os códigos municipais, atualizados, a preços acessíveis aos mesmos.

Vamos começar?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

FILOSOFIAS DE UM MORTAL COM PRAZO VENCIDO



A idade chega e, de repente, a gente sente. Aí vem a depressão, a espera da morte, tem-se crises existenciais.

Como se separa a depressão da velhice das memórias, das recordações, das lembranças e das saudades? O que é cada uma dessas manifestações? Corro o risco, recordações são lembranças de coisas vividas ou não; lembranças são recordações de fatos vividos; memórias são lembranças e recordações de coisas ou fatos que você se lembra; saudades são memórias, recordações e lembranças que nos chega à alma.

Divergem? Há outras definições ou conceitos? Esses são os meus, do filósofo Emanoel Viana, o homem que não engana, no dia do seu aniversário. Aniversariei no dia 1 de junho, geminiano da gema, igual a mim, conhecidos, só a Roseana filha do José Sarney e Edivânia do TRT.

Pouca gente me ligou ou se lembrou, as mais importantes ligaram, minha Mãe Teresa, a minha mulher Lúcia e algumas amigas como Josélia, Sílvia.

Foi aí que me bateu o banzo, a depressão, a irritação, a letargia, enfim todos essas manifestações que me referi acima.

Lembrei-me que poderia ter aprendido a andar de patins, ter aprendido a tocar violão, ter feito um curso de doutorado e livre docência, um curso ligado à mente (psicologia, psiquiatria) e ter tido começado a minha sexual mais cedo.

Estou satisfeito com minha familia, meus dois filhos, minha mulher, minha Mãe, meu Pai, meus irmãos. Satisfeito com minha formação educacional, fiz jornalismo, radialismo, contabilidade, administração, direito, política.

Recordo que poderia ter assumido o meu filho com Marly, com Concita, com Duca. Parece que a Marly abortou, as outras dizem que as filhas não são minhas... tudo bem.
Aí (perdão Prof. Iaci) começam as saudades.

Como pornógrafo, sexólogo, sem vergonha, tenho saudades de algumas mulheres. Coloque o disco do Martinho da Vila, mulheres e passe a ler o restante do filosofar de um mortal com prazo vencido.

Não associam os nomes que vou citar com alguma amiga viva dos nossos dias pois algumas já se foram e os nomes foram mudados ou, propositadamente, os mesmos para confundir.

Pois bem, fico com saudades da inocência de Sebastiana, Jura, Sara, Janaína, Crislaine, Luzia, Iene, Suelem e Aninha. Foram massa na mão de um artesão preocupado. Sem contar com a Olinda que, até hoje, distante, tem tentáculos e me envolve em sua teia quando se fala em Praia do Olho Dágua.

Saudades de Solange, com botas, do telefone de ursinhos e do jipe; de Joanita de Timon, Teresina e Recife/ SUDENE; de minha noiva Mariene, a orelhuda; da intelectual Alba; da professora Pirrita; da medrosa Duca e seu biquini de bolinhas; da poetisa Gracinha e a calçada de cimento; da honesta Concita; da bonita e completa Isabel; da benemérita Marly com sua ajuda em tudo, inclusive na paternidade; dos pratos da Liene e do pavor da colega Das Dores. A Glorinha com todos os seus atributos, virtudes e defeitos, só faltou um filho.

Também há lembranças carnais, puras... a Edinalva molhada, a Josilene com suas ancas, a Djuly com seu ardor, a Érica com o reverso e a Edna com seu seios. A baixinha Yolanda com sofreguidão em Brasília.

Com tanta mulher, ninguém me ama, ninguém me quer, vivo jogado esperando o prazo vencer. Nenhuma delas me ligou, mandou mensagem, mandou presentes, esteve comigo relembrando, fazendo carícias, ainda que verbais... (...triste, decepcionante....)

Esqueci alguma? Devo ter esquecido, agora mesmo me lembro da Ione, um dos melhores boquetes de minha vida, perdendo só para Glorinha. O destino fez com elas se unissem na vida pelas seus contactos amorosos.

A vida continua, as lembranças, as recordações, as memórias, as saudades, tudo, bem como a depressão da velhice.

A gente escreve, vomita, marca, fixa, documenta, para não esquecer e para se lembrar.

As minhas mulheres que me marcaram, obrigado, que sejam felizes ao lado dos seus, se casadas com os maridos, se companheiras com os amados e se viúvas com as saudades dos que se foram. Incluam-me, se possível.

Continuo o mesmo, velho sem vergonha e ainda com algumas vontades. Até o próximo ano, dia primeiro de junho de dois mil e onze, 01 de junho de 2011, se vivo estiver.

O telefone continua o mesmo (098) 9119.0139 O e-mail floresmar@zipmail.com.br ou floresmar@estadao.com.br. É isso aí.