sexta-feira, 19 de julho de 2019

EMANOEL VIANA: AS CUIDADORAS

EMANOEL VIANA: AS CUIDADORAS: Cuidadora é uma pessoa que cuida de outra, lógica. No Brasil, agora oficialmente, existe a figura de Cuidadora de Idoso que abrange todos os...

AS CUIDADORAS

Cuidadora é uma pessoa que cuida de outra, lógica. No Brasil, agora oficialmente, existe a figura de Cuidadora de Idoso que abrange todos os doentes e tipos de pessoas, Tem que ter qualificação, ética, saber disso e daquilo.

Vou falar de minhas Cuidadoras, pessoas que foram contratadas, a preço vil, no meu modo de ver, e a preço exorbitante sobre o ponto de vista de Prefeituras, como a de Ribamar, que pagam a mesma merreca para um médico, durante 20 horas. Mas, no mercado de trabalho com 14 milhões de desempregados, ganham o suficiente, melhor que as suas colegas de hospitais.


Pois bem, nem me lembro como começou. Retifico, lembro sim. Um dia, de noite, recebo a visita de minha Cunhada dra. Ana Elisa Bastos Figueiredo, casado com um Psiquiatra famoso, maranhense e que mora no Rio. É irmã de Lucia Fernanda, minha Esposa e médica. Ela é Assistente Social, tem livros publicados etc...

Em uma das crises de Lucia, veio com meu filho, Mitchael Alexando, formado em Administração e altamente ponderado em virtude de ser judoca e campeão. Trouxeram uma baixinha, espiritada, sem papas na lingua e sem COREN, uma senhora chamada Eliteh.

Forçado, contratei, estava cansado. Depois, tive que dividir a responsabilidade com outra, indicada pela Elieth, a Ediléia.

Pois bem, mais tarde para não explorar ninguém, fiz o contrato oficial, escrito, com tres cuidadoras, sendo 24 por 48 horas horas, com pagamento de adicional noturno e auxilio transporte. Alimentação é a mesma nossa.

Vieram Camila Gatinho, Marijane Oliveira e Luciana Costa. Uma dificil adptação, como tratar? Como escravas? Como doutoras? Como empregadas? e o ambiente familiar? E as jóias? E a intimidade? E a ajuda na limpeza da casa? Na lavagem de louças?

Enfim, um monte de perguntas e dúvidas, como tempo foram resolvidas.

Ainda, havia, para mim, um problema maior, sendo elas mulheres, como eu devia me comportar? Meus trajes, meu comportamento, tratar frio, tratar como mulheres, e, diante às circunstâncias, de solidão, quisesse fazer sexo? Tentasse eu ou fosse tentado?

O tempo foi o senhor da razão. Nunca nos envolvemos, graças a Deus.

As Cuidadoras cuidaram bem de minha mulher, tornaram-se Amigas, passaram a viver a nossa vida e nós a vida delas.

Houve problemas, é lógico. E houve intimidade. A Camila em virtude de problemas de relacionamento e em virtude de minha falta de trato, saiu. Estava gripada e eu não soube tratar bem a situação. Ela também não soube. Erramos, mas é bem vinda a minha casa, na hora que quiser, apareça, só, com marido, com filhos.

E houve problemas com Luciana Costa, apesar da intimidade forçada, pela morte do Irmão,  que me envolvi como agradecimento do trabalho dela, do conhecimento da familia e da ajuda dela no engasgo de Lucia, aqui e no Centro Médico. 

Casou, e em virtude de problemas que não quero discorrer, funcionais, houve o desligamento. 

Profissional de mão cheia, é, também bem vinda à minha casa, com irmãos e tudo.

Finalmente, consegui ter 3 Cuidadoras, a Elieth, a Marijane e a Lucilene, esta última com religiosidade que não consigo entender, mas sou obrigado a aceitar. Todas profissionais de mão cheia, competentes, sabem manter distância e sabem se comportar como empregadas, sem invadir o espaço familiar.

Trabalham 24 e folgam 48. Houve problemas com Eliteh, doença, mas tudo bem hoje.

Acho que Cuidadora além de profissão, é sacerdócio, devia ser para quem gosta, não tem preconceito, tem vontade, tem tempo, tem disposição e quer ganhar dinheiro, alem de, possivelmente, receber herança da Cuidada ou do Cuidado.

Critico quem é Cuidadora e, na hora da morte da Cuidada, coloca currículos para arranjar empregos. Sei que é natural e racional, mas me é desprezivel ou irracional. Acontece, tenho noticias que às vezes, é possível, talvez o nervosismo do momento ou do mercado de trabalho. Natural, mas incompreensível. Enquanto há esperança, há vida.

Hoje, dia 19.07.2019, tenho as minhas queridas Doutoras Marijane, Francilene e Elieth como Cuidadoras de minha Esposa Lucia. São dedicadas, competentes, excelentes mulheres, embora não sejam reconhecidas pelos seus amigos, pares, etc.. eu as conheço, e não tenho como agradecer, pago em dia e ofereço gratificações, ajudo em problemas que eu posso ajudar.

Não as olho como mulheres, apesar de serem simpáticas, diria comíveis, se permitem. Encaro como minhas auxiliares, amigas, e que me ajudam no tratamento de minha mulher.

Que Deus a abençoem sempre.

Se Lucia, se for, que arranjem emprego. Serei o primeiro a fazer Carta de Recomendação e falar com meus Amigos donos de hospitais, clínicas, casas de saúde. 

Se Lucia melhorar, que retornem ao Lar. Deixem o cheiro do Hospital. Vou dar folga programada para que se divirtam com seus maridos, namorados, família. Cobrem a promessa.

Grato a todas. Esqueci de falar de minha Sobrinha Lourdinha, com COREN, que foi não entendida pelo pessoal de minha casa, em virtude de a neta cachorra, que ninguém se colocou no lugar dela, sendo Mãe, tendo filha Lunna, tinha a preocupaçao de não se contaminar. 

Apesar da minha filha beijar a neta, na boca.

Mas isso, são outros quinhentos.

Falei, em 19.07.2019

Eu ia colocar as fotos de todas, mas podem me processar ou achar que eu não devia, fica a intenção

quinta-feira, 18 de julho de 2019

EMANOEL VIANA: UTI - APARTAMENTO 234

EMANOEL VIANA: UTI - APARTAMENTO 234: Remoinho de idéias, vão se misturar tudo. Tentarei, começo hoje. Sou casado há 46 anos com a médica e professora Lucia Fernanda Bastos V...

UTI - APARTAMENTO 234






Remoinho de idéias, vão se misturar tudo.

Tentarei, começo hoje.


Sou casado há 46 anos com a médica e professora Lucia Fernanda Bastos Viana e tenho dois filhos, um homem e uma mulher, ambos criados.



Hoje minha mulher está, ainda viva, no apartamento 234 do hospital UDI, na chamada UTI humanizada, apesar de haver sido desenganada pelos médicos do Centro Médico Maranhense e do próprio Hospital UDI.

Hoje conversei com um médico hepatologista Rogerio Castro, não sei sua formação, idade, cursos etc.. mas demonstrou boa vontade em ir visitar o "marido"da paciente e explicar a situação real. Ou seja, um segundo Dominici, já a matou também.

Acredito em Deus, qualquer que seja, e não acredito em nenhum, salvo naquele Ser superior que a gente não sabe aonde está, como foi feito, se é real ou não, mas a gente acredita. E eu acredito Nele e nos seus prepostos. Peça a Irmã Dulce que regenere o fígado de Lucia.

Ai vem os derrotistas ou realistas que dizem: já é velha (tem 74 anos), já viveu muito, está doente há tempos, teve cancer, teve isquemia, colocou stents, vive cansada e cansa todos os familiares. Ouço, faço que não ouço. 

Vivo cansado, mas prefiro viver esgotado, enquanto tiver forças e dinheiro, vivo com minha mulher, reclamo dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos, do pessoal de apoio, dos empregados, enfim, toco sino mas acompanho sempre o minha procissão Fernanda.

Gosto de Lucia, aprendi a gostar, tenho dívidas impagáveis com minha mulher. Ela sempre ficou do meu lado, sempre me ajudou, me sustentou quando não podia, sustentou a familia quando não tinha. É o mínimo que posso fazer.

Acho que Deus podia operar milagres. E ela voltar a ser o que era antes. Voltar a andar, para passearmos em todos os lugares, a velha Tutoia, meu Timon, o Rio de Janeiro, viajar sem rumo...

Viva Lucia, seja milagrada ...

Enfim, o meu primeiro desabafo.

Aí vem as implicações. Se o figado não reagir, a única solução e última, seria um transplante. Aí vem o empecilho do Ministério, há de entrar na fila do transplante e aí só faria quando o Brasil fosse um pais sério.

Mas tem a brecha. |Um membro da familia pode doar um parte do fígado. Desde que o doador tenha compatibilidade, tenha saúde, possa viver com a metade do figado e tenha, hoje, um fígado grande e saudavel.

Aparentemente, teriamos a metade do figado da filha Maria Fernanda que, em um rasgo de generosidade e amor, quer doar a metade.

Aí vem a outra metade. O receptor, a Lucia, precisa ter condições de se operar, sair das crises e das infecções que tem. no momento. Depois tem que ver o risco de vida em fazer uma cirurgia geral depois de outra cirurgia que faz agora, no dia 1, ao tirar parte do intestino, por obstrução, não era cancer, não era tumor, simples obstrução em virtude da inflamação da vesícula, parte do mal funcionamento do fígado.

Superado o risco de vida, tendo condições, teria que se ver se não faria um AVC ou um enfarte, apesar de ter stents não ter pressão alta ou diabéticos. Mas os medicos deixam nas entrelinhas que é entrar para a cirurgia e sair no caixão.

Ou, rezemos, feita a cirurgia, saindo com vida, teria os remédios da rejeição que podem afetar os rins, aí vem hemodialise, falencia multipla.

É essa a situação de hoje.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Ou seja, vai morrer de qualquer jeito.

E eu acho que não.

Lembro-me de um caso médico, acontecido comigo, em Recife, em 1968. Feita as imagens, constatou-se que havia um tumor nas minhas vias biliares. Diagnóstico: tuberculose ou cancer. Pelo tumor, era cancer. 19 anos eu tinha.

19 anos, com cancer.

Procurei outro médico, novos exames. Aí vem o diagnóstico. |Minhas dores nos rins era pela qualidade da água que ingeria. Passaram Cloridrato de Papaverina, lembro bem, e mandaram tomar agua mineral.

E o tumor do cancer?

Era  (é) uma deformidade orgânica minha, tenho 3 ureteres, o ser humano tem 2, um de cada lado. E esse 1 a mais era o tumor, o cancer.

Sem chamar os médicos de filhos da puta, e a maioria é, acho que é possivel se evitar esta previsão sombria com a reabilitação de parte do figado.

Tenho fé. Creio em Deus.

Vou continuar outro dia,

Vou contar minha história com Lucia, ainda vou fazer um livro que será lançado na sua presença.
Rezem para isso.

Obrigado.

Quinta feira, dia 18 de julho de 2019, com um barulho filho da puta da igreja batista aqui do lado de minha casa, o pastor é imbecil e incompetente, arrogante que se diz dono da igreja, quem quiser que fique e de fieis idiotas, desocupados que vem fazer barulho.


fim.