sexta-feira, 4 de junho de 2010

É PRECISO AMAR A ILHA DE SÃO LUIS



Foi o slogan de um candidato a Vereador em tempos idos, ou parecido pois dizia: é preciso amar a cidade. Hoje, no engarrafamento ao sair de casa e acessar a pista principal do engarrafamento maior na MA-230 ou Avenida dos Holandeses e vir ao escritório, passando pelos buracos da Camboa, avenida Vitorino Freire e Areinha, me lembrei da frase.

Entra prefeito, sai prefeito e a Ilha continua apodrecendo, enquanto os chamados chefes do executivo ficam ricos, viram deputados, senadores, governadores, empresários, secretários. Alguns viram homosexuais, dizem, o que contesto, já eram antes de serem prefeitos.

A culpa é do povo? É, deixa-se convencer pela emoção e vota em Gardênia, Jackson Lago, Conceição Andrade, Tadeu Palácio, João Castelo, sem contar com os nomeados Haroldo Tavares (este trabalhou, exclua), Roberto Macieira, Ivar Saldanha, Bayma Júnior, Vicente Fialho, Mauro Fecury e tantas outras nulidades em administração municipal que não fizeram absolutamente nada, salvo este último que fez algumas intervenções em vias de tráfego.

Há de se votar na pessoa, enquanto se reforma o sistema partidário nacional. Quem é o candidato, o que fez, o que foi, o que é, o que vai fazer, como vai fazer, tem quem o ajude, tem onde obter recursos, o partido tem prestígio, o partido tem quadros, e por aí vai. Respondido isso, o elegemos e cobramos, juntamente com os chamados vereadores.

Vou me ater no que pensei ao começar este comentário longo, o retrato da cidade ou o mapa da Ilha. É comum, nos currículos haver a adição de foto 3x4, o rosto do pretendente; também é comum para se contratar um profissional de passarela, examinar o book (livro), uma série de fotografias em todas as posições e vestimentas ou sem vestimentas. O mesmo se aplica as cidades, todas deveriam ter um mapa para se conhecer as ruas, as praças, as áreas públicas, os locais de diversão, os hospitais, as delegacias, os órgãos públicos, teatros, cinemas etc...

Cartografia, este é o nome. Vou transcrever o que encontrei na internet: Cartografia (do grego chartis = mapa e graphein = escrita) é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. O vocábulo foi pela primeira vez proposto pelo historiador português Manuel Francisco Carvalhosa, 2.ºVisconde de Santarém, numa carta datada de 8 de Dezembro de 1839, de Paris, e endereçada ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, vindo a ser internacionalmente consagrado pelo uso. Das muitas definições usadas na literatura, colocamos aqui a atualmente adaptada pela Associação Cartográfica Internacional(ACI):

Conjunto dos estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração dos mapas a partir dos resultados das observações directas ou da exploração da documentação, bem como da sua utilização.

A primeira providencia que o Prefeito deve tomar é mandar atualizar ou fazer o mapa da cidade. Onde começa e onde termina a cidade, nome das ruas, onde começa e onde termina os bairros, nome de cada um, áreas verdes sem uso, áreas chamadas bem comum, olhar a cidade, ver...

Onde começa e termina o bairro Quintas do Calhau? O define um bairro? Aquilo é bairro ou um pedaço de outro bairro? Quais as áreas verdes existentes? Quais as invadidas ou ocupadas? Quais as cedidas ilegalmente? Quais os serviços públicos existentes? Qual a população? Quantas residências? Quais as vias de acesso? Quais os nomes das ruas, alamedas, vias, travessas, praças? É somente residencial?

Pergunte para o prefeito de São Luís, pergunte a qualquer um dos 21 vereadores de São Luís, nenhum deles sabe de nada. Aposto o que quiserem.

Taí, para quem não tem o que fazer na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura de São Luís, uma sugestão: fornecer um mapa da cidade, atualizado, com todas as informações a cada um de seus habitantes, juntamente com a Lei Orgânica do Municipio e vender os códigos municipais, atualizados, a preços acessíveis aos mesmos.

Vamos começar?

Nenhum comentário: