segunda-feira, 23 de agosto de 2010

68 É ANTES DE 69 ou ECOS DE UM ANIVERSÁRIO DIFERENTE



O convite foi entregue em mãos e dizia que uma Amiga de minha mulher Lúcia iria oferecer um jantar em um restaurante, começando às 20 horas e que levasse um dos ítens constantes da relação para uma obra de caridade.

Pensei, quando a gente fica velho fica frouxo ou medroso e se aproxima de Deus, a gente quer comprar um lugar no Céu, ou então a gente revela aquilo que nunca pode fazer quando novo, quando a energia é voltada para bens materiais, sexo, etc...


O restaurante fica na área nobre e considerado um dos mais sofisticados e caros da cidade. Mas o que me levou a ir, foi a consideração sempre dispensada pela convidante e seu marido, além do irmão e da cunhada, esta de saudosa memória. Fui. A minha filha também, o secretário ficou em casa.

Chegamos por volta das 20:10 horas, pouca gente. A aniversariante, a Mãe, o Marido, alguns parentes. Poucos convidados. O garçom nos oferece água, água de côco, refrigerante, suco e cerveja; escolhemos água de côco; em seguida, um cesto pequeno com pastéis de carne, queijo e algum outro recheio; comemos 3 cestos, em torno de 5 pastéis para cada.

Ás 21:30 horas, a convidada tenta dizer que vai haver discurso, poucos a ouvem. Fala o irmão, fala o presidente da Academia de Letras que ela faz parte, fala um ex reitor da UEMA e conterrâneo, fala um colega, fala o representante da comunidade presenteada e fala a convidada.

Tenta, ninguém faz silêncio. Horrível. Ela em pé, tentando falar, e ainda chegando convidados.

Teve um casal que deu uma cotovelada na aniversariante, empurrando-a da passagem para se sentar na mesa com uma convidada. Dizem que ficou roxo, no lugar da pancada, no dia seguinte, e olha que o homem do casal é homem da justiça desportiva. (ah... está explicado, jogador vive empurrando o outro em campo e fora dele).

Pois bem, veio o jantar.

Enquanto convidados comem, convidados somem. Sumiu quase a metade dos convidados antes do bolo. Deve ser praxe na cidade da aniversariante.

Depois do jantar, veio o bolo de aniversário. O dono do restaurante apareceu. A aniversariante corta o bolo com um garfo, pois não apareceu faca de bolo. Apareceu fósforo para acender a vela, ainda bem.

Valeu, senti a dedicação do marido que conseguiu pintar uma figura impar de carinho e dedicação com o próximo, apesar da vida que leva, solitária, mais com livros que com gente, a aniversariante.

Meus parabéns, que no próximo, procure um restaurante que possa ter ambientes diferentes ou ambiente exclusivo para aniversário ,com som, equipamento sonoro para suprir a mal educância de alguns convidados.

Gostei de ver e falar, ainda que de longe, com alguns convidados. Deixo de citá-los por questões próprias, pois teria que identificar a todos os demais e fica, segundo minha mulher e filha, chato..

Que os Santos nos protejam, ainda que nos quadros....


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