quinta-feira, 4 de março de 2010

O PÓ, AO PÓ


Sou católico, lembro que li em algum lugar da Bíblia que deixai os mortos enterrarem seus mortos, bem como do pó vieste, do pó voltarás. Acabei de vir de uma missa de um colega/amigo de previdência social, o Arnaldo/Arnaldinho, mais conhecido como Dr. Arnaldo Cavalcanti.

Arnaldo Cavalcanti, Advogado, Procurador Federal da Previdência Social, trabalhou comigo no INPS, depois IAPAS e, finalmente, no INSS, quando nos afastamos. A missa é de 1 ano, na Igreja da COHAMA, às 19 e 30 horas. Como o convite era público, publicado no Jornal Imparcial, fui.

Fiquei no último banco, contei 19 pessoas, 20 comigo, e não me deram missal ou qualquer papel. A missa ficou restrita a somente os parentes mais chegados. Não vi o Haroldo Cavalcanti Filho, sobrinho de Arnaldo, ou o Haroldinho, filho de Manuel Galinha e sobrinho/neto de Arnaldo, são os mais conhecidos, embora tenha gente mais famosa, como parente.

Também não vi ninguém da Previdência Social, nenhum membro da Procuradoria, representante dos aposentados ou da OAB/Maranhão... ou dos lugares onde trabalhou, como o DETRAN, afinal, morreu, acabou.

Acabou. Hoje fazem, também, sete anos que a minha irmã Ada deixou o mundo carnal, foi para o mundo de Deus, mundo do Diabo, virou pó.... depende da visão religiosa de cada um.

É isso.

Acabei de assistir um filme onde uma moça se apaixona por um rapaz criminoso, força o casamento e na lua de mel, maltratada pelo marginal, sofre acidente e morre. Morre, mas continua viva. O cabelo cai, o corpo fica fedendo, usa peruca e formol e vai até o lugar onde queria passar a lua de mel, mesmo morta. Uma porcaria de filme.

Mas, interessante se a gente traz para o dia a dia.

Fico imaginando se não estou morto, apesar de vivo.

Estive na missa de Arnaldo, ninguém falou comigo, não me deram missal, um morto na missa do morto, embora ninguém tivesse me visto, em vida, com o morto.

Morte e vida, vida e morte, confusão.

Ordenando: primeiro a Audiência na OAB/MA das 18 às 19 horas, de 19: 20 a 19: 25 o abraço saudoso à minha querida Dra. Lourdes Neta, Veterinária da Clínica São Lázaro, quente, saudoso, integral, cheio de intenções, acho que continua com as mesmas intenções. Vi o seu filho de 4 anos, cabelos encaracolados, dormindo, um Anjo.... taí, anjo, morte....

Também estive na Audiência, às 18 horas, na OAB, sobre Juizados Especiais. Encontrei com o Advogado Carlos Augusto Lemos, colega de BNB, falei com o Mário Macieira e com a Valéria Lauande, falei com o Piorsky (acho que se escreve assim), magro, velho.

A mesa, só meninos novos. Na platéia, idem. E eu, morto, no meio, sem paciência, condenando alguns procedimentos.

Acho que já morri.

Em todo caso, fica o registro, noutro artigo vou falar sobre Juizados Especiais, novamente, agora como sugestão de melhoria. Pode?

Nenhum comentário: