quinta-feira, 11 de março de 2010

ESTIVE LÁ



Circo e Pão era o lema dos Imperadores para manter o Povo sob controle, vindo acabar com Maria Antonieta,na França que negou o pão...mas isso é outra história.

Timonense de nascimento e Teresinense de registro, sempre fui a Flores/Timon visitar minha Mãe e meus amigos. Em Teresina, demagogia ou não, o índio, o Governador pelo PT, Welingthon Dias implantou, logo após assumir o Governo do Piauí, no anexo do Palácio do Karnak, no centro de Teresina, o restaurante popular a R$ 1,00 (hum real) e funciona até hoje.

Aqui em São Luis, o meu amigo Francisco Vilhena Matos, famoso Frank Matos, quando assumiu uma Secretaria relacionada com alimentação, no Municipio de São Luis, me garantiu que iria instalar restaurantes populares utilizando sobras de CEASAS, estudantes de nutrição, uma série de parcerias, tão logo fosse possível.

Não instalou até agora e já se vão 15 meses mas.... o Governo do Maranhão, leia-se Roseana Sarney e sua equipe publicitária, resolveu instalar em São Luis, um restaurante popular. Fica no centro da cidade, abrange bairros pobres como Areinha, Goiabal, Corea de Baixo, Lyra, Belira, Camboa, Fé em Deus, Liberdade, Monte Castelo e por aí.

Em um galpão sem nenhum conforto, cimento batido, sem revestimento térmico ou climatização, com sinalização escassa externa e sinalização interna feita em cartolina, improvisada, aqui na Avenida Vitorino Freire, bairro da Areinha, perto do prédio da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, quase em frente a uma agência do Banco do Brasil, foi instalado o primeiro restaurante popular de R$ 1,00.

A fila é grande, tem que se comprar a ficha cedo, por volta das 9 horas da manhã e às 11 horas começa o fornecimento das refeições. Vai até 1 hora da tarde ou antes, quando acaba, dizem que servem 1.200 refeições por dia.

Fui lá, comprei a ficha número 15, de manhã, por volta das 9 horas e por volta de 12:30 estive lá. Já estava fechado, mas deixaram a gente entrar por outro lado, não sei se por causa da TV que lá estava fazendo reportagem. Canal 6, do Marquinho Vieira da Silva, a Record, ou TV Cidade, com o Jorge Benjor e uma morena bonita, com cara de japonesa/chinesa/coreana.

A fila enorme, tinha quase 100 pessoas quando entrei. Fiquei na fila, mesmo sendo idoso – o Estatuto do Idoso determina que maiores de 60 anos tenham prioridade – juntamente com Mães com crianças de colo, pessoas com deficiência física (e mental também, tinha uma, aparentemente). Todo mundo no calor, suando, pois os ventiladores não dão conta, não há ar condicionado, nem revestimento término, como forro, o galpão é aquele que consertar carro.

Sem nada para fazer, sem televisão, sem rádio, sem conhecer ninguém, o jeito é esperar. Depois alguns minutos, não menos de 15 e não mais de 30, chegou a minha vez. Entregaram-me uma bandeja com um garfo e faca enrolados em um guardanapo de papel. Na fila, as atendentes, todas de cor negra, limpas, com avental limpos, mas suadas, servem. Duas colheres de arroz, uma colher de feijão, uma colher de farofa, um colher de fígado, um colher de salada, uma banana e um pedaço de papel com o nome suco. Logo em seguida tem o local para te darem o suco.

A bandeja tem cara de velha, mas limpa; os talheres tem cara de muitos usados, mas limpos; o arroz é meio quebrado; o feijão tem cara de aguado; a farofa é muito colorida; a banana é normal e boa; dispensei a salada; o suco é gelado, doce, mas não sei de quê; o fígado estava em pedaços, bem feito, sem ser salgado, nem duro.

Existe uma mesa reservada para pessoas deficientes, embora estivesse ocupada por pessoas, aparentemente normais. Não há mesas reservadas para idosos, com 60 anos ou mais.

Uma senhora vestida como gente séria, uma Glenda Fernanda ou similar, vendo a minha intimidade com a equipe de tevê, leia-se cinegrafista, veio falar comigo e perguntou o que eu estava achando. Identificou-se como “Superintendente de Assuntos Alimentar, da Secretaria...”, perguntei se era do Luciano e ela disse ser do Costa Ferreira. Para ser chato falei do meu colega “Antonio José Costa Ferreira”, ela retificou “Antonio da Conceição Costa Ferreira”. De fato, o Costa é Conceição, errei.

Frescuras à parte, a iniciativa é boa, é preciso aprimorar e expandir para outras áreas. Fazer parcerias com empresas, as empresas de revestimento, empresas fornecedores de climatização, empresas de publicidade para sinalizar, empresas de capacitação de pessoal para treinar o pessoal quanto aos especiais, idosos e doentes, empresas/escolas ligadas à saúde para plantão médico em caso de engasgo/mal súbito, enfim, é preciso aprimorar.

Divulgar melhor, depois de expandir.

Colocar mais restaurantes na cidade, no Centro Histórico, nas Imediações da Praça Deodoro, no eixo Itaqui, na Cidade Operária, na COHAB, enfim esses são alguns lugares onde tem aglomerações de pessoas famintas. Aliás, famintas, hoje, tem em todo lugar.

Como nada se cria, tudo se copia, valeu a cópia, eu estive lá e comprovei. Frank Matos é preciso implantar os restaurantes do Municipio para não ficar atrás.

Mas, cá para nós, não seria melhor que todo mundo ganhasse o suficiente para não necessitar de ajuda e fazer refeições em casa, ao lado dos familiares, no aconchego do lar.... à vontade, depois tirar o cochilo?.... como fazem todos aqueles que nos roubam e estão no Governo ... Federal, Estadual, Municipal..... Executivo, Legislativo, Judiciário......???????????????????????????????????

É isso aí.

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