quarta-feira, 17 de março de 2010

NÃO FUI


Em casa, ouvindo/vendo o noticiário internacional em televisão aberta, pois não consigo assinar a TVN por burocracia desta, deparo com o analfabeto Lula, atual presidente do Brasil, dizer que está infectado com o vírus da Paz. Imbecil. Poderia ter dito que estava com o espírito da paz, seria mais elegante, mais religioso, menos beligerante. Cadê o guerrilheiro Franklin Martins, o ministro da imprensa? Eita Brasil.....

De burrice em burrice, recebo um folheto com a propaganda do 3o Congresso Brasileiro de Direito Constitucional, com o tema de tendências do direito constitucional no século XXI: Globalização e Meio Ambiente. Por ser caro, 140 reais para ouvir tolices, não fui.

Mas, como o diabo não vai, manda o secretário, narro o que me contaram.

O meu amigo Edson, de jornal da rua de Santana, depois por passagem meteórico no cursinho de jornalismo, mas tarde assessorando o Presidente Sarney, ocasião em que se inscreveu e recebeu o diploma de bacharel em direito, foi o grande destaque. É que, agradecido pelos serviços prestados e não por competência jurídica, o Sarney o nomeou para o Superior Tribunal de Justiça onde se divulgou e chegou a ser chamado de Ministro e Jurista. Pois bem, foi o grande homenageado, com direito a livro, entrega de livro a atual esposa, beijinhos e afagos (com dentes e cabelos novos).

Fez discurso, o secretário não cochilou. Anotou textualmente que: ... a população não morreu por fome, no Nordeste e no Brasil, especialmente no Maranhão, por conta da Bolsa Família..... Interessante é que a estatística de antes da Bolsa e depois das Bolsa, continua a mesma, não houve modificação no índice de mortalidade infantil ou de mortalidade geral, tudo continua na mesma. E continua a falação: ... o estado democrático de direito é uma ficção criada por ministros dos tribunais superiores, mas sem eficácia..... Igualzinho a uma promessa de campanha de bolsa dignidade que todo mundo cobra até hoje, ficção...

Finalmente afirma que o Maranhão ... é um dos últimos Estados que vive uma anacronia política e administrativa..... Deve saber o que é anacronia, deve ter usado no sentido figurativo e não no sentido literal, afinal a sua atual esposa foi Secretária de Estado do Maranhão, na área de Segurança, durante mais de 2 anos e o sistema continua anacronicamente parado no tempo.

E tome discurso. Nada de novo, salvo a Germana que veio preparada para o Encontro.

Teve momentos tristes, como o nosso Presidente da Ordem que deveria ter sido mais conciso e mais técnico. Ninguém quer saber que mete grogue ou metia grogue no Bambu Bar. De tanto ficar no Bambu não aprendeu que o Plano Collor tinha respaldo técnico no CTN e na CF. Dizer que mesa de bar tudo se resolve não é verdade, resolve só perguntas idiotas como a que foi feito, tipo Lula, em lugar do vírus, a contaminação de alguma coisa que não me lembro. Mostrou, pelo menos, que tem familiaridade com o microfone e não gaguejou, falou de igual para igual, no nível do Encontro.

Teve momentos alegres, como o Programa de Humor, gente dizendo que só vem falar do Sarney, que quer ser enterrado no carro do corpo de bombeiro e que cláusulas pétreas constitucionais são pneus na cintura de mulher velha, que não podem ser retiradas por operação plástica porque o marido adora. Um desastre, deve ser a fase da vida, a vista enfraquece, ele esquece, tudo amolece, o aluno agradece a piada.

O que teve mais: o de sempre, o dito cujo disse que Sarney disse que o País seria ingovernável com a Constituição de 1988. De fato, tanto é que já houve mais de 65 Emendas e a merda, desculpe, e o País não anda com tantos dispositivos não regulados ou com o Supremo metendo os pés pelas mãos. Cada Presidente do STF ou STJ resolve interpretar a seu modo – e os demais colegas obedecem – a Constituição.

Melhor seria se a gente pudesse dar opinião quando da escolha, houve uma sabatina feita por Senadores e Deputados competentes e independentes e mandato para os Ministros, de 8 anos, aí sim, a gente poderia ter um Supremo ou um Superior formado por juristas ao invés do amontoado de bacharéis que os formam ou formaram. Inclua todos os aposentados e que por lá passaram, até o Jobim.

O filho do Vera Cruz Santana, ex Procurador Geral da época Jackson Lago, disse que ia mandar fazer um carimbo, por ter dificuldades em escrever à mãNegritoo, como Pontes de Miranda. (escrever não é só à mão?). O Professor Pontes deve ter se revirado no túmulo. E o filho do Vera sabe quem foi Pontes de Miranda ou usou um livro do Vera, quando criança, para colocar debaixo do travesseiro?

No mais, uma futilidade. Amanhã tem mais, acho que vou lá, entregar este artigo e divulgar o meu Blogg. A leitura deste blogg vale mais que um congresso de direito constitucional, basta ler todo, e é de graça, não precisa pagar 140 reais para ouvir tanta tolices.

Ah... ainda gastei 20 reais com o livro em homenagem ao Vidiga, pode? E não veio totalmente autografado.

Vou lá?

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