sábado, 15 de agosto de 2009

UMA POSSE NA ACADEMIA



Uma amiga muita íntima me diz que tempo é questão de prioridade, sabendo usar nunca vai faltar. Na verdade você pode disciplinar o tempo, basta um pouco de flexibilidade ou rigidez. Depois explico melhor.

Convidado há dias para uma posse na Academia Maranhense de Medicina, entidade que congrega 40 ilustres médicos, que, de alguma forma contribuiem para o engradecimento da medicina no Maranhão, quer com cargos ocupados, quer com livros publicados, quer com a atuação profissional individual, fui. Fui porque minha mulher, médica Dra. Lucia Fernanda Bastos Viana, já foi Presidente no Maranhão, uma das Vice Presidente em âmbito brasileiro, na Federação das Academias de Medicina e porque agora é Secretária Geral.

Além disso, pós cancer, vive em eterna depressão psíquica ou orgânica que, quando diz que quer sair, já estou pronto. Casamento é isso. E, por último, por se tratar de um colega de INAMPS, o Dr. Aldir Penha (com o sobrenome de Costa Ferreira). Dia da posse: 13 de agosto de 2009, sem nenhum azar.

Conheci Aldir nos anos 70, segunda metade, quando era Assistente do Subsecretário de Assistencia Médica do INAMPS, médico João Bosco Barros Rego, conterrâneo de Timon, um pouco mais velho que eu - era amigo de sua irmã, a Gracinha, também médica - e que, anos mais tarde, seríamos colega de Assembléia Estadual Constituinte de 1989.

Havia uma RECLAR, Comissão de Reclassificação de Hospitais e Clínicas, destinada a visitar todos os credenciados e, na cidade de Imperatriz, fomos nós: Eu, Aldir, Jerônimo Facury Vale, Célia Almeida, Célia Guerreiro e, não me lembro bem, a Varela. Ficamos no mesmo Hotel e, por economia, no mesmo quarto. Um quarto para homens e outro para mulheres, obviamente.

Dormimos juntos, foi meu único e estreito contacto com o Aldir, daí para cá, somente nos eventos sociais e que nos encontrávamos como o lançamento de seu livro, Espelho Dágua, recentemente, com bonita capa. Uma foto de um Rio/Lago bem feita, bem batida, bem impressa. Não li o livro, é um romance sobre costumes de uma época.

Pois bem, fui à posse marcada para as 19:30 horas por esses motivos e pelo fato de ter sido convidado, pessoalmente, pela Socorrão (Dra. Maria do Socorro Souza), médica inteligente, amante de filmes, como Eu. Cheguei às 18:50 e encontrei um casal - mais tarde soube ser filha de Aldir e o seu companheiro/marido/namorado/amigo - e o sempre elegante, simpático, radiante e inteligente Nelson Parada, no hall de entrada do CRM (Conselho Regional de Medicina) ali no bairro Renascença.

Mais tarde foram chegando os convidados, recepcionados com a música de D. Miriam, ao piano, de muito bom gosto. Cito alguns, o Comandante Serra, o Dr. Raimundo Pereira Gomes, seu Dico, com sua eterna atenção; a Fátima Frota, com sua eterna distância; a Neuza Buzar com seu charme eterno; o Imortal Benedito Buzar, com a sua conservada aparência; e, a Dra. Dulce Passarinho e seu marido o Italiano Mario Cella, minha "prima" Dra. Maria Emília Bastos e seu marido Imortal Prof. Mota e... acho que só, dos meus conhecidos. O resto era desconhecidos, colegas, confreiras e confrades, membros da Academia, afora os familiares do novo Imortal.

Começou a sessão por volta das 20:40 com o Hino Nacional, mal tocado, totalmente fora do tom, pela nossa amiga D. Miriam. Depois veio o discurso de saudação ao Imortal por parte da Dra. Socorro Souza. Discurso radiante, cheio de ilustração e citação incluindo Cora Coralina.

Antes de falar do discurso do Imortal, me lembrei. No Auditório, ladeando a Mesa Diretora, havia dois grandes retratos (acho que o nome é banner), um do médico Carlos Macieira, casado com D. Vera, pai de Marly, de José Carlos, de Roberto e de Cláudio e sogro do Poeta José Sarney. Outro do colega de CLIRU (Comissão de Legislação e Implantação da Reforma Universitária) da Fundação Univesidade Federal do Maranhão, Dr. Carlos Alberto Salgado Borges, o primeiro ocupante da Cadeira número 8, recentemente falecido.

Dr. Carlos Borges estava presente, em espírito, e representado, materialmente, por seus familiares, menos o seu irmão, Jornalista Fernando Borges (meu colega de Auditoria Municipal), mas a Professora Regina Borges ocupou o espaço. Regina foi minha colega de Universidade Federal, mais ou menos em 74/76, na época da CLIRU e em Cursos de Extensão, acho que fizemos juntos um Psicopatologia da Personalidade. Considero-a minha Amiga.

Não havia ninguém da Familia de Carlos Maceira!

Pois bem, veio o discurso do Imortal Aldir, depois de devidamente vestido no Fardão, juramentado e diplomado, falando de seus origens humildes, do esforço e da vontade de fazer alguma coisa, ainda. Agradeceu, especialmente, à Dra. Socorro.

Dos 40 Imortais, contei Pará, Chico Cunha (com uma das filhas), Zé Márcio, Amadeu Alconforado, Haroldo, Luiz Henrique (com óculos de Imortal), Rui Palhano (Presidente, com sua Rita e sóbrio), o eterno presidente Antonio Nilo (com sua Maria), Lucia Fernanda (com seu marido Eu), Amazonas, Bentivi, Socorro Souza, Aymoré Alvim, Braga Diniz, Jayron Guimarães (com sua nova mulher ) e acho que só.

Encerrada a Solenidade, fomos para o Coquetel, com pouco comida, muita bebida, bastante descontração e clima sadio. Empurrado pelo bebida e entusiasmado com o meu BLOG e meu ORKUT e pensando nos dias que me resta de vida, quis bater algumas fotos com os colegas/amigos em comum, que trabalharam comigo, que estudaram na mesma época, contemporâneos de alguma maneira. Alguns se mostraram gentis, outros obrigados. Coloquei somente no ORKUT aqueles que sentiram bem para que as fotos - olha que destestava fotos em que eu era o objeto fotografado, tanto é que não tenho fotos para ilustrar o meu orkut - e se predispuseram a sorrir, abertamente. Obrigado à esses últimos.

Houve algum contratempo? Não! Alguma coisa errada? Não! Lamenta-se a ausência dos 25 Imortais, alguns se justificam por não gostarem do Aldir, por acharem que não devia entrar na Academia, por estarem doentes, por estarem sem disposição pela idade, mas não se justifica a ausencia dos novos, seus colegas, como o Bosco. Ou de outros Imortais jovens.... se bem que não sei o motivo de suas ausências. Por enquanto, condeno a ausência do Bosquito.

No mais, foi uma posse bonita, com todo o protocolo e formalismo necessário.

Meus parabéns doutor Aldir Penha, que continue na sua desejada caminhada!

E parabéns à familia, mormente à esposa Dra. Célia Buzar que, com sua simpatia e dedicação, aparece bem ao lado do marido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei de ver tia Lúcia alegre e bonita; ela merece. Beijos a todos, Ana Teresa.