Mas, quando a gente imagina um
mundo assim, não há mundo.
Há, porém, os mundos que
conhecemos, o real e o imaginário. Ou o pessoal e virtual.
Nos
dias de hoje, com a chamada internet, temos dois mundos reais, o pessoal e o
virtual. Antes, no passado, havia o mundo mental, imaginário e o outro mundo
real, palpável.
Qual
a diferença? Teoricamente há muita, mas na prática os dois se confundem, se
entrelaçam. O mundo virtual é aquele que existe na imaginação das pessoas, é
aquele que mostra o que tem mais de expressivo no âmago, no íntimo das pessoas.
Se a pessoa é recalcada, haverá recalques no mundo virtual; se a pessoa se acha
marginal, por certo haverá marginalidade no relacionamento com outras pessoas;
se a pessoa tem uma inteligência e assim se acha, por certo refletirá nos seus
relacionamentos virtuais.
O
curtir, o comentar, o compartilhar, o elogiar, o criticar depende única e
exclusivamente do estado pessoal da pessoa que reflete no virtual. Complicado?
Não.
A pessoa normal, comum, tem um comportamento natural ditado pelas normas
sociais e éticas da comunidade em que vive. É assim, com uma ou outra
dissidência. O coletivo impõe o comportamento social do indivíduo, salvo se é
considerado anormal.
O
mesmo comportamento normal tem que ser manifesto no meio virtual, no meio
imaginário do mundo tecnológico. Há os próprios mecanismos de filtro e de
censura imposto pelos proprietários dos
sites chamados de redes sociais. Por outro lado, há também a comunidade em que
a pessoa é inserida, se inconveniente, é deletada, é colocada no ostracismo, é
esquecida ou ignorada; há que ser comum, como todos os demais, apenas
respeitando as suas peculiaridades. Há pessoas que são mais flexíveis quanto ao
aspecto moral, outras quanto ao aspecto social, outras racial, outras na ética,
contanto que não sejam muito divergentes a ponto de serem rotuladas como
anormais.
Há
um crescimento gigantesco do mundo virtual/ imaginário na internet, pois no
mundo real/pessoal há os escolhos. Há os assaltos, há o preço do deslocamento
de um ponto a outro, há a demora de translado, há o custo do vestuário e do
consumo no local do encontro. Também, há o medo do encontro entre pessoas, pois
pode haver decepção daquilo que se espera da outra.
Todos
esses óbices não existem no mundo virtual. Há o engodo, o engano, a simulação.
Não há gasto com transporte ou vestuário ou consumo. Não há risco de assaltos
ou balas perdidas. E não há a decepção, pois não se mostra o verdadeiro eu, ou,
se há, se mostra de maneira paulatina, devagar e que a outra pessoa não sofre o
impacto.
São
essas as considerações sobre o pessoal e o virtual.
O
que importa é o mundo que se vive, e vivemos nos dois mundos. Qual seria o
melhor? Os dois, concordas?
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