sexta-feira, 31 de maio de 2013

EXAME DA PRÓSTATA OU DEDADA ANAL






Amigo meu chega e começa a conversar: já fizeste exame de próstata? Sim, respondo, todo ano, e com o toque anal, um ano sim, outro não. Ano que não faço o toque, faço exame de sangue e ultrasonografia do abdômen, lhe digo. Os toques, uns são feitos com o Leite, outros com o Ayres.

                   Não gosto muito do atendimento na Clínica do José Maria Ayres, negócio de atender por ordem de chegada, democratizando o atendimento (palavras dele), quer seja SUS, quer particular, mas, como é amigo, vou lá, ano sim, ano não.

                   Ele, muito chateado, pergunta a razão de não ter feito com ele. Confesso que não soube o que responder, não sabia que o dito cujo era Urologista, pensei que fosse Proctologista, afinal os dois usam o rabo da gente.

                   Continuou a conversa, fico chateado com os homens que vão fazer exame de próstata. Uns chegam desconfiados, olham para um lado e para o outro, dizem que é a primeira vez, perguntam como é, se dói etc... para descontrair, chamo sempre uma Enfermeira/Técnica de Enfermagem/Auxiliar de Enfermagem/Atendente – eles não sabem a diferença, só olham o jaleto e a aparência – mais feia que está disponível. Feia? Sim, pois se chamar bonita, ficam acanhados, choram até.

 

Acho que é tendência homossexual, depois de tirar toda a roupa, o “pinto” encolhido, na maioria das vezes, ficam na posição infame, chamo a atenção, não é preciso isso, deite aqui, fique me olhando, levante as pernas, aí meto o dedo, devidamente higienizado, com luvas e vaselina. Alguns, o dedo não consegue entrar direito, é preciso passar vaselina duas vezes, o dito cujo contrai.

                   Outros, tenho que segurar a mão, entra todinho, já estão acostumados com o exame. E aí vem as variações. Variações? Sim, variações.

                   Tem os chamados enrustidos, chegam desconfiados, perguntam se podem ficar sós com a gente (comigo) ou se não tem um homem como enfermeiro. Sempre vem sozinhos, cheios de perfume, roupa limpa ou nova, e depilados, inclusive na parte de trás. Ficam quietinhos, o anús se abre e fecha com o toque. Outros, vão mais além, ficam de pênis duro, quando introduzo o dedo no ânus.



                   Nossa!

                   Ah... e a enfermeira fica toda nervosa, se é branca, fica toda vermelha, parece que gostaria de uma suruba. Fim de papo. Fim de papo? Nada, ele diz para finalizar: ah... tem o homem das cobras, que gostas muito, apesar de velho, sempre vem aqui fazer o exame. Gordinho, com pelos naturais e sem frescura, vem acompanhado da mulher que entra junto. Fica na posição normal, posição de mulher fazendo o papa nicolau, nem tira o óculos, fica olhando para o teto, acho que fica fazendo crônicas no ar. Quando termina, pinto mole, pergunta: terminou? Sim, digo. Ele sai do mesmo jeito que entrou, com ar triste/alegre.

                   Bem, o papo está ótimo, obrigado por me trazer no Aeroporto, próximo ano, nas férias, virei comer churrasco contigo aqui nos Pampas, me despeço.

                   E conto a história para vocês. Acreditem, aconteceu.


                   

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