sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A UNIVERSIDADE ESQUECIDA


                  






       O convite chegou muito antes, pelo carimbo dos Correios em 12 de janeiro de 2012, veio em nome de minha mulher, Prof. Lucia Fernanda Bastos Viana, chefe do departamento de patologia e professora da Universidade Federal do Maranhão durante mais de 20 (vinte) anos. Eu não fui convidado, embora tenha sido um dos elaboradores dos Estatutos da Universidade, em 1974-1975, assessorando a CLIRU (Comissão de Legislação e Implantação da Reforma Universitária) na gestão de Josué Montello/José Maria Ramos Martins e tenha sido professor substituto de Introdução à Administração, na área de Ciências Sociais em 1975/1976, não me recordo, no lugar do Professor Renato de Carvalho Couto Bacelar Nunes. Tudo bem, vou como acompanhante.

                        O evento estava marcado para o dia 27 de janeiro de 2012, às 19 horas, nos jardins do Memorial Cristo Rei, na Praça Gonçalves Dias. Hoje,  dezoito horas chamamos o táxi no 3222-2222 e rumamos para o Cristo Rei. Dinheiro para o táxi, ida e volta, dinheiro para compra do livro, Lucia Fernanda não tão bem arrumada, eu também, de terno, sem gravata como merece o evento no final de tarde, dia de sexta feira. Uma elegância descuidada.

                           Descemos, guardas na porta, entramos. De cara logo, encontro com o prefeito de São Luís, o senador João Castelo, sem a Gardênia. Falamos. Vamos até a banca comprar o livro, somente um para o casal. Quanto é? Vinte reais. Fiquei admirado, geralmente cobram o olho da cara, havia levado cinquenta. O troco de vinte, fica faltando dez, depois lhe dou, diz a "vendedora". Sentamos. Não recebemos o troco.

                             Prevendo o cansaço da velhice, minha e de minha mulher, discretamente, fui falar com o Aldy - professor, doutor, reitor, etc..etc - o autor da noite. Falamos com ele, com o padre Mário Cella, eterno Cônsul da Itália no Maranhão e, desavergonhadamente, peço o autógrafo no livro para o Mestre. Ele, delicadamente coloca "à Lucia, com carinho, Aldy". Se vingou.

                              Voltamos ao local. Olho em volta e vejo alguns dos colegas ou gente da mesma época. Vi o Luizão, o Arnold (o fotógrafo que fez a foto desfocada colocada  aqui, se bem que de um celular), Alaíde, Agostinho, Mário Cella, Aldy, João Castelo, Josemar Raposo, Cleto Leite, José Carlos Silva e Souza, Nauro Machado,Maestro Pelela, John Cutrim, Barata, Aymoré Alvim, Filomena e Elys Saads, minha professora de introdução, professora de direito agrário e o professor de ética..., a loura Heliete Lago, Regina Coeli, Carneiro, Neuza Buzar (simpática como sempre) e mais alguns rostos, amigos e bonitos que ficam sem nome, pois não consigo me lembrar agora... pode ser que depois corrija o texto.

                                 Começa o espetáculo por volta das 19:30 horas. Só meia hora de atraso. Valeu. O Maestro Pelela nos brinda com duas músicas, uma de meu amigo Bandeira, a Louvação da São Luís. Vem o mestre de cerimônia, um cidadão moreno e avantajado com voz cavernosa e anuncia o presidente da Associação dos Aposentados, prof. Mário Cella. Este, corrije dizendo que é Associação dos Amigos e corrije dizendo que está presente o "senador" Clóvis Fecury. Entre aspas pois é suplente em exercício, no lugar do Pai, Mauro Fecury. O "senador" de manga de camisa, agradece. Ninguém cita o "parlamentar" Weverton Rocha, do PDT, amigo íntimo do Lupi e envolvido em alguns fatos poucos nítidos.

                                    Depois do discurso do Cella, vem o discurso do Professor, Doutor, Autor Aldy. Este fala em linhas gerais sobre o que o livro discorre e faz um balanço de suas atividades como professor e reitor das universidades federal do Maranhão e Centro Universitário do Maranhão (CEUMA). Alongou-se, acho que sente falta de platéia. Cita um fato desconhecido por todos, que o curso de direito da universidade que funcionava no casarão da rua do Sol, em frente ao teatro Arthur Azevedo, foi mudado para o Campus à noite.

                                         Professor Natalino Salgado, atual Reitor da Universidade, de terno, com a minha mesma elegância, batia palmas a todo o momento. Vibrou.

                                        Muito bem, mais músicas, coquetel mixuruca, e uma longa fila para receber o autógrafo. Ficamos conversando com os amigos e, discretamente, saímos. Fomos até o HPD e pegamos um táxi para casa. Tomei um lanche e estou relatando os fatos. 
Professora Lúcia Fernanda Bastos Viana, Poeta e Escritor Nauro Machado e  Eu.

                                             Foi bom.

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