domingo, 6 de novembro de 2011

ACREDITE....SE PUDER!








Estive em Timon.


Em conversa com o vizinho Seu Zé, como é carinhosamente chamado, junto com minha Mãe que caiu e bateu com o rosto no cimento, a ouvíamos fazer observação sobre um relógio que meu irmão Melquisedeque havia comprado esta semana. Falava que não conseguia ver o relógio em virtude de haver umas "bolinhas" no meio. As bolinhas são marcadores de tempo, cronômetro etc...

Ouvi e resolvi comprar um relógio que a satisfizesse. Fui a Teresina e procurei, encontrando um mondaine grande, caixa de aço (depois me disseram que não era), ponteiros grandes, enfim do jeito que ela falava. Cheguei em casa e, conhecedor da personalidade de minha Mãe, fiquei com vergonha de oferecer o presente. Ele sempre acha que a gente gasta demais e deve guardar dinheiro para a velhice, para os remédios, para não depender dos filhos, parentes ou do governo. Tem sempre razão.

Mas, como estava sob cuidados especiais, a minha irmã, médica Maria das Graças, chegou por volta de uma hora, depois do almoço.


 Ótimo, a chamei no canto e disse para ela dizer que havia trazido um presente para a Mamãe. Topou.

Entreguei o relógio e ela fez a encenação. Excelente.

Excelente? Mamãe olhou o relógio, achou um desperdício e disse que o mesmo era pesado, grande, e que ela não iria usar nunca. A mana disse que ela guardasse como lembrança. Ela disse que mana deveria levar para suas filhas ou trocar por outro para ela (mana).

Moral da história: a mana viajou de volta para São Luís e deixou o relógio.

Muito bem, pensei comigo, ela vai guardar como lembrança e não vai saber nunca que foi eu.

Ledo engano.

A Mamãe tem hábito de mandar queijo, doce, banana, carne e outros petiscos para os filhos. Preparou uma caixa e disse: entregue para a Maria das Graças.

Trouxe a mercadoria e entreguei para minha mulher, também médica, Lucia Fernanda para que entregasse à sua cunhada. Esta, examinou a caixa, tirou as suas coisas e colocou o restante no freezer para esperar pela cunhada que ficou de vir buscar no dia seguinte. Passaram-se os dias. 

Mamãe teve recaída e tanto Lucia como a Graça foram obrigadas a se deslocar, novamente, via avião, para Timon para fazer exames com ela.

Acredito que conversando em Timon, Mamãe deve ter tido que devolveu o relógio e a Graça disse não ter recebido. Onde estava o relógio?


Na caixa. 

E a caixa?

No freezer. Telefonam-me, vou ao freezer e tiro as coisas. No meio, o relógio, na caixa de presente e funcionando...
Vou usar... acredita nisso?

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