segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O PEQUENO, ALEXANDRE

                             

                   
 Parece com o título do O PEQUENO PRÍNCIPE, porém há uma vírgula que nos remete ao ALEXANDRE, O GRANDE, talvez uma mistura de ambos. A reflexão é sobre um garoto, de menos de 2 anos, chamado Alexandre.

                    Conheci-o, por nome, antes de um ano e por acaso. Com certeza, as peças do destino. A Mãe, uma jovem bonita, apareceu aqui no facebook, solicitando ajuda pois estava desesperada e necessitava de ajuda pois estava passando por dificuldades. Palavras dela. Perguntou por Advogado ou insinuou que o seu problema seria uma lide jurídica.

                    Chamou-me a atenção a foto da Mãe, muito bonita, olhos grandes, lábios carnudos e jovem. Velho é apaixonado pela juventude, olhar, usar, pegar, sentir, conversar, ajudar, talvez uma forma de querer um pouco da juventude, como se ela pudesse passar assim, pelo contacto. Coloquei-me à disposição, no meu Escritório. Deu os telefones e ela aparece por lá.

                    Bem agradável, boa altura, não muito elegante mas com todos os atributos que um homem quer em uma mulher. Explicou-me o fato, havia vivido com um homem, o cidadão havia morrido, deixou ela grávida, agora tinha tido o filho e queria regularizar a situação. Fiz as perguntas de praxe, e descubro não ter nenhuma evidência para propor uma ação. Sugeri que viesse mais uma vez, desta feita com todos os documentos e papéis e fotos que tivesse com o dito cujo. Perguntou-me quando seria os meus trabalhos. Aí, fiquei dividido, de um lado o homem doido para aproveitar a juventude e do outro o profissional diligente e preocupado com o social. Disse que não era nada, pagasse ela quando recebesse o quinhão que lhe é devida,  não podia trabalhar de graça. Deixou um cheque de R$ 10 mil para descontar a posteriori.

                    Outro dia, apareceu e mais outro e mais outro. Mais documentos, mais conhecendo. Vivia com os Pais, filho adoentado, com uma galeteria, corre corre, dívidas etc.. e falou que escrevia bem, de fato,  escrevia bem no facebook.

                    Agitada, como sempre, me apareceu depois com um blogueiro conhecido e explicou o que podia ou não podia fazer mas teria que ter documentos como tais, tais e tais. Expliquei que poderia pegar no Banco, no INSS, no locador, no facebook, no instagram, nas fotos, etc... e assim foi feito. Trouxe todos os documentos pedidos e ingressei com uma Ação de Reconhecimento de Paternidade Pós Mortem. O Advogado dos filhos do dito cujo não tem muito experiência no ramo e deixou passar algumas brechas legais o que resultou em um rápido andamento processual. Foi marcado o exame do DNA e esperei.

                    E se o filho não fosse do dito cujo? Se o Mãe fosse um rameira ou uma qualquer querendo enriquecer nas costas de idosos? Idoso era o marido ou homem que a engravidou, disse ela. Esperei, resultado confirmado feito com o sangue dos filhos do dito cujo, que resolveram evitar a exumação do cadáver. Exultei.

                    Há que esclarecer que durante o curso do processo, a Mãe deixou a galeteria, deixou o blogueiro que ajudava e passou a viver, maritalmente com outro blogueiro, talvez mais famoso que o anterior. Espero que dure e que o novo a respeite e a considere, a Mãe, nova, tem cabeça feita e merece.  E se mostrou uma boa Mãe, boa mulher e tem progredido na escrita e no dia a dia.  A continuar com a escrita escorreita e boa, rica em conteúdo, vai ficar riquinha em grana, com o tempo. Talvez lhe falte um banho de loja, um curso de manequim, dinheiro na conta e bens materiais para que não viva agitada, preocupada com tudo e menos com ela.

                    Não vai gostar da observação. Ela.

                    Foi isso que aconteceu. Fui a Audiência de leitura do DNA, ajustamos o nome do Alexandre, a Magistrada homologou o acordo, o garoto tem nome, sobrenome e reconhecimento oficial que é filho do Pai que a Mãe indicou. Tem menos de 2 anos o Alexandre. Moreno, esperto, bem cuidado, desejado pelos familiares dela e pelo novo marido, companheiro, cacho.

                    O pequeno Alexandre é um garoto saudável, moreno, com um grande futuro pela frente. Espero que Deus o ilumine, foi um grande presente de Natal para todos nós. Ganhei o ano, como Advogado de Família, apesar de ter perdido um afair com uma mulher bonita e desejada.

                    Afinal não se pode tocar sino e acompanhar procissão, mesmo com a corda do sino sendo comprida.


                    Parabéns Alexandre. Quando estiver morto, tenho certeza, com certeza, teus familiares hão de te lembrar de mim. Boa Vida!

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