Confesso que foi de repente, estava amarrando uma árvore em uma estaca para que voltasse a ficar reta pois havia caído, virado para um lado e poderia morrer. Como não nasceu torta - pau que nasce torto não tem jeito, morre torto - ajudei a voltar ao seu status original. Ou posição, como queiram.
Ao invés de amarrar a estaca, amarrei o próprio cordão, fazendo um nó. Como não interrompia qualquer outro nó, amarrei na estaca e fiquei a pensar no nó.
Um cordão reto, liso, bonito, de repente, sem querer, você dá um nó. Aí, o que faz? Se tiver paciência e tempo, o certo, o correto é desamarrar, desatar o nó e deixar o cordão liso novamente, tendo o começo do cordão e o fim do cordão, sem nós.
Na física, dizem que o caminho mais curto entre dois pontos é uma reta. Uma reta, sem curvas, sem nós.
Tal como a vida.
Pensei.
Pensei então: quantos nós a gente dá na vida e não desata? Vai deixando, vai passando por cima, e colocando um nó sobre o outro.
Uma mágoa sobre a outra, um assunto não resolvido sobre o outro, um projeto começado e nunca terminado, um curso, um casamento, um emprego, uma amizade, um um um ....
De repente não há mais amizade, não há mais clima, não há mais tempo para desatar, a vida se tornou um nó grande e a gente morre amarrado, ou, amarrado se morre.
Já pensaste sobre o assunto?
Desatas ou continuas dando nós?
Qualquer que seja tua vida, pense nos nós da vida.
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