ADMINISTRADOR, LUVA E INCOMPETÊNCIA

Zuca Oliveira, Pestaninha, , João Bernardo, Lúcio Cunha, Renato Bacelar, A. Nogueira de Farias,
Ana Aboud, Francisco, Galiza, Dualibe, Eu e Paula Polary

Dia 09 de setembro é dedicado ao Administrador, antigo Técnico de Administração, posteriormente habilitou-se um técnico de nível médio e para diferenciar criou-se nova denominação. São quatro anos, no mínimo, embora hoje existam cursinhos equivalentes e que se autodenominam de Administradores.

                   Desconheço, confesso, se essas pessoas são reconhecidas com o CRA, o registro profissional. Em todo caso, fica o registro.

                   Do dia, passo para a luva.

                   Normalmente, qualquer ser humano, tem cinco dedos na mão, embora conheça um funcionário da Receita Federal, aqui mesmo no Maranhão, que tem 6 dedos em cada mão, sem nenhuma deformidade aparente, sendo todos normais, não sabendo precisar se tem dois anelares ou dois indicadores ou dos mindim, sei que há somente um polegar e um dedão em cada mão.

                   Pois bem, ao se comprar luvas, há somente luvas para mãos normais, de cinco dedos e de tamanho pequeno, médio e grande, como se essa variação atingisse a todos. Atinge? Não, os dedos da mão ou ficam dançando em virtude de serem pequenos, ou de serem magros pois ajustam no tamanho mas não na largura, ou ficam apertados pois ficam grandes demais no tamanho ou na largura.

                   Recomenda-se, ao comprar, que se experimente as luvas, sinta objetos com elas vestidas na mão para mensurar o ajuste.

                   Por fim, vem o tema incompetência. É aquela característica de quem não sabe o que faz ou não sabe o que fazer ou não sabe que não sabe.

                   Tudo isso por quê, podes me perguntar?

                   Em sendo Dia do Administrador e sendo um dos Idealizadores do Clube do Administrador no Maranhão (TAMACLUBE), ter trazido a Associação Brasileira de Técnicos de Administração (ABTA) do professor Albino Nogueira de Farias, ter instalado o Sindicato de Administradores do Maranhão, ter contribuído para desmembrar o Conselho Regional de Administração, criando e trazendo para o Maranhão o seu próprio Conselho, sinto-me na obrigação de entrelaçar os três temas.

                   Dizia, antigamente, que Administrar é antes de tudo decidir, verdade, hoje diria escolher dentre as opções postas a mais produtiva e interessante para os objetivos da organização/empresa e seus proprietários/donos.

                   O bom Administrador não é aquele que vem com o projeto pronto, elaborado, com opções várias, mas sim aquele que ouviu todos os envolvidos sistema, elaborou o projeto e trouxe algumas opções a serem discutidas, aprovadas e seguidas, mormente pela cúpula dirigente e não conflitante com a massa dirigida.

                   Há que ser um bom político, um bom negociador, ter um jogo de cintura, caso contrário haverá um bom Administrador mas que não conseguirá administrador a sua organização.

                   Conflitante? Pode ser.

                   Só o tempo e a experiência é que vão mostrar que o raciocínio está correto. Não basta ser um bom professor, um bom teórico para conseguir atingir as metas, pode conseguir o respeito, o carinho, a atenção, ser seguido pela massa dirigida, mas se não tiver a praticidade, haverá conflito com os dirigentes.

                   O mesmo se dá com o bom prático, o Administrador eficiente, raciocínio rápido, decisões imediatas, pode ser muito bom para os dirigentes, mas possivelmente terá grandes conflitos com a massa dirigida para implantar seus métodos de trabalho, atingir as metas planejadas.

                   Tem que saber qual a luva certa.

                   Além do mais, há a chamada incompetência. É que você pode ser muito bom sem luva, mas vestiu, não consegue agarrar as coisas, não consegue teclar, nem digitar, nem cumprimentar, enfim, você deixa de ser você.

                   Ou por outro, você pode ser muito bom de luvas, faz tudo, quando a tira, fica nu, queima–as, torce dos dedos.

                   O cargo ou a função pode ser muito bem ocupada por um profissional xis, mas quando galga posto maior, ele sucumbe, ele morre, pois a competência era somente para aquele patamar . Um pedreiro que é péssimo mestre de obras, um excelente professor que vira péssimo diretor, reitor. Um bom vereador que é negação como deputado. Um juiz que vira desastre como desembargador. Um desembargador fora de série que vira fiasco na presidência do Tribunal.

                   Use os exemplos que quiser e puder.

                   O certo é que, neste dia, dia 09 de setembro, este ano de 2013, me lembrei de minha antiga profissão - ? – e continuo achando que é uma profissão que faz falta ao País, ao Brasil e todas assuas organizações. Se os dirigentes soubessem a grande vantagem de ter um Administrador administrando, a gente não teria tanto desastre organizacional, tanto desperdício, tanta morosidade, tanta insatisfação, enfim tantos problemas e tantos conflitos.

Albino Nogueira de Farias, Josélia Bogéa Serra e Eu, Emanoel Viana

                   Comemore seu dia, você Administrador, merece!