domingo, 2 de junho de 2013

AVENIDA LITORÂNEA





No planeta Terra, no continente América do Sul, no país chamado Brasil, no estado do Maranhão, na cidade de São Luis, orla marítima, temos uma avenida à beira mar denominada de Avenida Edson Lobão, em uma puxada de saco do governador que a conclui, foi iniciada no governo do Luís Rocha. Também se chama de Avenida Litorânea, deve ter uns 5 quilômetros.

            Tendo um calçadão onde as pessoas andam, correm, fazem exercício e servem para os turistas conhecerem um pouco do nosso Mar. Deixemos de lado o aspecto cultural, o aspecto turístico e fiquemos apenas no chamado aspecto esportivo, voltado para a saúde.

            O médico recomenda que se faça exercício, que se ande. Depois de mais de 2 anos me preparando, agora, quase todo dia, desço para a avenida e ando uns 4 km, 2 de ida e 2 de volta. Devagar, respirando, ando e volto para a casa, tomo banho, tomo café e desço para o trabalho. Sinto-me bem, acho que a pressão melhorou um pouco, falta aumentar a distância e falta ser mais assíduo.

            Pois bem, resolvi falar sobre a avenida e seus usuários.

            O calçadão necessita de reparos, de sinalização, e a avenida precisa de sinalização, redutores de velocidade, pardais e proteção policial. No mais, tudo bem.

       Bem, em termos, falta um sistema de atendimento de urgência, um desfibrilador - o nome é esse? - para ressuscitar aqueles que tem paradas cardíacas ou acidentes, comuns aos usuários idosos, convalescentes, doentes e um pista de alta velocidade de veículos. Podia deixar o material de urgência em uma das barracas, bem como instruir alguém dessas mesmas barracas para atendimento emergencial mediante pagamento mensal. 

              É um alerta, um pedido e uma sugestão.

 
Quanto aos usuários... aqui a gente vai pisar em ovos, pois a maioria dos usuários são nossos conhecidos/vizinhos/amigos/políticos/inimigos/desconhecidos. Só podia ser, quem não é conhecido, é desconhecido. Pedro Bó!

            Tem gente de todo o tipo e jeito. Tem boazuda já passada mas com o corpo ainda delineado. Tem magra que deixou de fumar e ficou forte, não gorda, mas com as carnes moles; tem casal de idosos que andam devagarinho; tem deputado que corre feito imbecil; tem vereador que anda para se mostrar; tem deputado que anda com seguranças; tem ex deputado que anda devagarinho, só alguns quilômetros; tem empresário, tem militar, tem gente com cachorro e que leva o saquinho para juntar o cocô; tem outros que vão sem saquinho; tem gordo, tem gorda, tem negro (poucos), tem morenos e melados, tem brancos (poucos), a maioria é mesmo marrom.

            Tem magistrado enrustido que passa todo cheio de protetor solar, tem magistrado gordo que sua... tem mocinhas novas, magras, um palito, que acho que correm para ter resistência; tem os aficionados que correm à beira do calçadão, na avenida; tem os ciclistas imprudentes que fazem o mesmo; tem ciclistas que andam no calçadão para se mostrar; enfim, a litorânea é uma festa.

              Tem também aquela bancária, feia, desengonçada, mas parece ser muito operacional, pois tem uns seios de índia, fartos e duros, pena que fume e beba que nem um gambá (?);

            Tem também os desagradáveis, pessoas que fingem não conhecer a gente ou que não respondem ao cumprimento matinal ou ainda, viram a cara para o outro lado. Fodam-se todos, vou fazer o mesmo, colocar óculos escuros e fones de ouvido... é assim que fazem, baixam a cabeça e fingem estar ouvindo músicas. Triste.

            Mas, vale a pena ir lá, andar e olhar, se divertir...  e, principalmente, ver um monte de imbecis que passam voando nos carros indo para a morte, sem tempo para a vida.


            Vai lá, e me dê bom dia!

Nenhum comentário: