quinta-feira, 1 de março de 2012

O CORONEL E O RADIALISTA ou O RADIALISTA E O CORONEL

Coronel Jeferson Telles









Coronel é posto na área militar, na Polícia Militar é a maior graduação. Tem, quase sempre, um pelotão, um regimento, um batalhão, comandados para determinadas missões. O chefe da Polícia Militar é um Coronel que, nos últimos anos, com a chamada unificação das polícias, fica suboordinado a um Secretário de Segurança, teoricamente.

Para ser Coronel o cidadão tem que fazer concurso para a Polícia Militar e fazer carreira, subir de postos por antiguidade ou merecimento. Hoje, com os cursos de oficiais há possibilidade de o cidadão ingressar na Polícia não como Soldado mas com posto superior.

Não entendo nada de militarismo ou de postos, seu apenas que é Soldado, Cabo, Sargento, Subtenente, Tenente, Tenente-Coronel e Coronel, parece que é esta a escala. Se errado, estiver, corrijam-me. Obrigado!

Radialista é um profissional da imprensa. É uma das especialidades do curso de Comunicação Social. Exige-se bacharelado para a inscrição junto a Delegacia Regional do Trabalho ou no Sindicato da Classe de Radialista. Há, porém, algumas exceções, pessoas que trabalham em Rádio, com o tempo e experiência podiam se registrar como Radialistas, mesmo sem o curso superior, ou médio, ou fundamental.

Há coronéis corruptos/criminosos como o Hidelbrando Pascoal, do Acre. E há radialistas como Wallace Souza, de Manaus. São dois casos simbólicos e representativos.

O Coronel tem estabilidade, o Radialista não tem. O Coronel trabalha em tempo integral, o Radialista somente 5 horas por dia, 35 horas semanais. O Coronel ganha bem, o Radialista ganha mal. O Coronel não tem outros empregos, o Radialista é um cabide de empregos.

Dito isso, chego aos fatos.

No ano bissexto de 2012, aqui no Maranhão, na Ilha de São Luís, pela manhã, no programa Acorda Maranhão, apresentado pelo radialista André Martins, da AM Mirante, 600, um Radialista chamado Macial Lima fez críticas ao comportamento do Coronel.
Um Coronel chamado Jeferson Teles retribuiu as críticas.

Radialista Macial Lima


O sujo falando do mal lavado, o roto do esfarrapado.

Erraram os dois. O desempenho, a estratégia, o comportamento do Coronel, desde que não ofenda os princípios morais ou da corporação, dizem respeito única e exclusivamente à Ele ou à Polícia.

A forma de irradiar, de falar, de transmitir desde que não ofenda os princípios morais ou da empresa, dizem respeito única e exclusivamente à Ele ou a Empresa.

Se o Coronel gosta de falar, de defender seus suboordinados, de ir contra os números apresentados, de apresentar os seus números; gosta de atender, pessoalmente, o telefonema de radialistas, de ir ao ar, de fazer elogios à Polícia e de fazer comparações, tudo bem. Louvável, é um profissional que mostra a cara, não se esconde. Todos sabem o seu nome, o telefone, onde trabalha, como trabalha.

É o Coronel Teles, sem medo, defensor da polícia, falador.

Se o Radialista não concorda com os números, tem crítica à polícia, ao comportamento do Coronel, que faça em seu programa, um programa que tenha o seu nome, por exemplo, PROGRAMA DO MARCIAL LIMA, pois, do contrário, usa o nome da Empresa, no caso a Mirante, para fazer comentários pessoais. Na imprensa, não cabe comentários pessoais, salvo se o programa é personalizado.

Aliás é um crime, digo, um hábito comum no rádio AM, em todas as Emissoras. Deplorável e errado, a meu juízo.

O empregado (Radialista) usa o microfone da emissora como se fosse sua, brinca, conta piadas, fala da igreja, da maçonaria, da tenda, da cidade onde mora, da cidade onde nasceu, da cidade de seus pais, manda alô para amigos, parentes, eleitores, fornecedores, empregadores, atende telefone no ar, fala de seus problemas pessoais, de sua saúde, enfim, tudo o que não devia. Quem pode falar isso tudo é o cliente, o ouvinte, quando não educado. Quando educado fala somente sobre o assunto que está em tela ou, se não há assunto definido, de seus problemas ou dos problemas que o atingem, desde pessoais até sociais e comunitários.

Estou mentindo?

Esse é um bordão do Radialista Macial Lima que não tem programa pessoal mas usa os da Mirante como seus. É minha opinião, ele tem a dele.

E são todos, de todos os prefixos, salva-se alguns como Silvan Alves no Roda Viva e o Roberto Fernandes no Ponto Final. Tinha o Deny Cabral  mas este resolveu fazer programa em outros planos.

Esqueci algum? Se esqueci, me lembrem.

Traduzindo: na briga, os dois erraram, mas acho que, pela história e passado do Teles, o Coronel foi mal entendido, mal interpretado e não merecia as críticas do Radialista Macial Lima.

Que ganho com isso? Uma medalha da polícia? Uma antipatia do pessoal da Mirante? Não, ganho o fato de dar minha opinião, pois, como diz o filósofo "os lugares mais quentes do inferno são reservados aqueles que guardam neutralidade”.

É isso, abraços no Macial e no Teles. Não me queiram mal.

Gosto de ambos, do meu jeito!



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