domingo, 18 de março de 2012

FOTOGRAFIAS VIVAS











    Anexava ou postava algumas fotografias ou fotos no facebook quando me bateu a saudade, as lembranças, as recordações, a memória, o sentimento e sensações antigas.


                        É que, quando olho uma foto, me vem a nostalgia. Primeiro porque só guardo fotos que representaram alguma coisa na minha vida e, quase sempre, isoladas ou comigo, nunca de grupos, salvo se esse grupo for composto de amigos que queria guardar.

                        Guardar. Guardar é a palavra chave. Antes, havia as traças, havia o descoloramento das fotografias, grudavam, sumia a imagem... hoje, com a tecnologia, há maneiras de se guardar, há o álbum digital, os pen drive, o computador e tantas outras formas de se guardar e se manter sem perda de qualidade. Além disso, se pode, querendo, utilizar os recursos de aprimoramento de fotos para as deixar mais interessantes.

                        Qual a razão dessas reflexões?

                        Uma é o desgosto, a desilusão, a descrença, a decepção, os sentimentos negativos que me tocam, em determinados momentos. Não gosto e tenho, quase sempre, deletado, rasgado, suprimido, fotos de pessoas que tive consideração, ajudei, gostei, amei e que me trataram com o inverso do que receberam.

                        Tem, ainda, fotografias de pessoas que sumiram do contacto da gente. Deixam lembranças...

                        Mas, as melhores, são as que me trazem alegria, boas lembranças, boas recordações, me fazem sentir jovem, menino, homem, gente, novamente. São fotos de amigos e amigas, parentes, conhecidos, que mantiveram o mesmo tipo de relacionamento, com o mesmo respeito, mesmo carinho, mesma atenção.

                        Alguns, no linguajar comum, já morreram, outros estão vivos. Para mim, todos estão vivos e ao meu lado, incluindo os meus filhos animais.

                        Vivos? Sim...todos, já disse isso aqui em outro artigo ou outra reflexão. À noite, quase sempre, no computador ou na mesa de trabalho, espalho as fotos de quem gosto. O Puff brincando com o pano nos dentes, a Paff espreguiçando no sofá, a Angélica com seu rabo torto, o Tibor todo branco latem para mim, se aconchegam, eu passo as mãos nos pêlos e eles dormem. Eu fico satisfeito.

                        Os que já foram, o Tio Benedito, o Tio Longuinho, o Tio Nestor, a Vovó Mariquinha, o Papai, a Ada, o Zé Preto, o Titó, a Anita, a Cesarina são alguns dos familiares que tenho foto e converso com eles. Dos amigos, tenho do Renato Bacelar, do Professor Vespasiano, do Udes,  e de tantos outros que não me recordo, no momento... tenho que declinar somente aqueles que estão retratados no papel, outros estão na memória, como Gracildes Vieira, Anita, João Alexandre Junior, Urubatan, Jackson Lago, Bandeira Tribuzzi, Professor Filgueiras, Doutor Oliveira, Gracinha Bastos, Oldemar Bastos, Vovó Ciça/Tia Lucinha, Tio Wilson, Tio Nonato, Helvécio, Paulinho, Carlito do BASA, Zé Preto (este tem um retrato de livro do Deque),e tanta gente que congestionou. Gente que gosto.

                        Há ainda fotos das amigas.

                        Um capítulo especial. Ainda tenho fotos de amigas de tempos idos. Para quem não sabe, adoro fotografar gente que gosto de todo tipo, principalmente nú (a foto) ou nua (a pessoa). De todas as posições, pernas abertas, de costas, deitada, em pé, nas poses mais sensuais, mais eróticas, mais sacanas, pornográficas, enfim que mostre a intimidade existente entre  nós ou a confiança que há entre nós. Eu e ela, somente nós dois. Não interessa a idade, a posição social, a cor da pele, o valor dos vencimentos, o dinheiro que possui, o marido, o pai, os filhos, o parentesco, a filiação, a gordura, a pele,a boniteza, o tamanho dos seios, o jeito da vagina, enfim, gosto da mulher, do ser humano, da pessoa que está ao meu lado e, quase sempre, fez sexo comigo.

                        Guardo na memória.

                        À noite, quase sempre, espalho pela mesa de trabalho na biblioteca ou abre o computador pessoal e as olho. Revejo cada momento, sinto saudades, vejo as transformações que houveram, gente que envelheceu, gente que está em outro plano, gente que engordou, gente que emagreceu, gente de melhorou. Peitos caíram, peitos subiram, gente que casou, gente que separou, gente que se transformou.
 Todas elas, as fodo novamente. As estupro. Faço sexo, mesmo que elas não queiram. Algumas que me visitam, até hoje, e dizem: não faço mais isso, virei Evangélica, sou Avó, sou Bisavó, sou de menor (?), imagina se meus filhos descobrem, tenho remorso pelo marido, estou velha, sou feia, perdi um seio, tirei o útero, estou com Aids, estou doente, tive câncer, .... ou o clássico: você não merece, nunca deixou sua mulher.... elas, nas fotos, não as ouço, elas não falam, elas riem para mim, relembram sempre aquele momento, não se transportam para os dias de hoje, ficam no passado, com aquele pensamento daquele dia.

                        É bom. É mau. Tem horas que apago tudo, tiro do caminho, deleto, rasgo, as pessoas que reclamam, se não é bom hoje, por que seria bom no passado, recordar sem poder trazer para hoje?

                        Porém, na grande maioria, vejo as fotos das pessoas como eram, estudantes, universitárias, menores, bonitas, de seios duros, virgens, pele macia, ternura no tato, calor nos beijos, veludo no oral, satisfação no anal, aperto no normal...

                        O certo é que vejo, hoje, nas fotografias, uma forma de vida. E continuo batendo fotos, de amigos e amigas, principalmente de mulheres, nuas.... o objeto fotografado tem que ser bonito, agradável para o fotógrafo, embora seja um bucho, uma mulher feia para os padrões ditos normais. Para mim, o que interessa é a alma, é o respeito, é a confidência, é o desempenho na cama, em pé, no oral, no anal ou normal.
 
                        Queres ser fotografada? És fêmea, sem frescuras?

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