UM ESTADO MEDROSO, COVARDE OU REFÉM?

Dizem para a gente que o Estado é povo, território e governo. Alguns acrescentam outros fatores como língua, moeda, raça etc... O correto que o Estado é o ente maior, a grande família, que tem o dever de cuidar de seus ocupantes, nativos ou não.

                                   A soma das leis principais, iniciais e maiores é aquilo que se chama de Constituição e vai disciplinar as relações legais entre o Estado e seus ocupantes.

                                   Quase sempre, na Constituição há aquilo que se chama de princípios. Estes dão o rumo que o Estado deve seguir nas mais diversas direções, envolvendo, inclusive o social e o econômico.

                                   O Brasil, no caso concreto, depois da chamada Revolução de 1964, fez uma Constituinte, aglutinou todos as normas importantes e criou outras. Foi a chamada Constituição de 1988 que Sarney não utilizou; Collor usou e abusou fazendo algumas leis interessantes como a da Previdencia Social, do Funcionário Público, entre outras, talvez tenha sido o Presidente que mais se preocupou com regulamentação constitucional e infraconstitucional, apesar de inexperiente e corrupto, este conceito final dado por alguns.

                                   Itamar tentou, implantou o Real, aprimorando os planos anteriores de Sarney e Collor. Mas, a maior mudança veio com o sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Este, resolveu, sozinho que o Estado não deveria interferir em determinados setores sociais e da economia e resolveu privatizar e estatizar, um contraste.

                                   Estatizou quando implantou um sistema chamado PROER  - que não sei o que significa e nem vou procurar no Google – para os Bancos, tirando dinheiro da nação para os agiotas oficiais. Até hoje os agiotas ganham nas costas do povão, toma dinheiro a 11% (onze por cento) ao ano, no Mercado Interno e emprestam a 13% (treze por cento) ao mês, com todo apoio governamental. Pior quando vão buscar na Matriz Mundial, nos Estados Unidos, a 1% (hum por cento) ao ano e emprestam a 13% (treze por cento) ao mês ou a 1% (hum por cento) ao mês ao Governo Brasileiro.

                                   Dito isso, vamos ao recado de hoje.

                                   Privatizou tudo que podia, Bancos Estaduais – lembra do caso do BEM que gastou 400 milhões para sanear e vendeu por 70 milhões? E agora o Castelo comprou por 2 milhões o prédio do BEM em São Luís – Vale do Rio Doce, Embratel, Telebrás, empresas e mais empresas estatais, salvando-se apenas alguns bancos oficiais e a Petrobrás.

                                   Deu... o BNDES financiava a “compra” por parte dos “empresários”, quase sempre amigos e doadores de campanha. PSDB e seus comparsas; veio o PT do Lula que continuou com a farra, emprestando dinheiro para expansão de determinados setores da economia, gente sempre ligada à gang do PT e seus comparsas.

                                   Aí, por não suportar mais a roubalheira ou por ter sido relegado, a mídia começou a divulgar os roubos. Roubo para tudo quanto é lado, nunca se roubou tanto neste país ou nunca se descobriu tanto roubo. Em todos os setores, em todos os lugares, até mesmo na Polícia Federal e nas Forças Armadas, últimos lugares que se podia imaginar.

                                   O Estado, aqui confundido com o Governo, ficou fraco. O Judiciário, o Legislativo e o Executivo, todos corrompidos e viciados. O Povo começa a se rebelar. Também por conta do exemplo dado por um braço do PT, impune, fazendo o que quer e financiado pelo Estado/Governo, a chamada gang dos “sem terra”.

                                   Se todo mundo rouba, vamos roubar. Se todos desobedecem a lei e ficam impunes, vamos fazer o mesmo. Aí, virou esculhambação, “os sem teto” fizeram o que “os sem terra” faziam. E fazem.

                                   Greve dos “controladores de vôo”, apagão aéreo. O que deu? Em nada. Greve da Vigilância Sanitária deixando nossos portos, aeroportos e fronteiras sem fiscalização. O que deu? Em nada. Greve na Policia Federal com a operação padrão nos mesmos lugares. O que deu? Em nada..... em nada não, em todos as greves os grevistas tiveram aumento, suas reivindicações atendidas.

                                   Greve nos Correios. Greve dos Policiais Militares e Bombeiros no Rio de Janeiro. Tudo bem, até lei de anistia um imbecil propões e a Dilma atendeu.

                                   Governo incompetente ou fraco?

                                   Incompetente por que não diagnostica os problemas com antecedência e os evita. Fraco porque não pune, fica refém de meia dúzia de empregados que passam por cima da lei e são atendidos, em detrimento da grande maioria da população que fica sem os serviços durante essas “greves” e que, por obedecerem a lei, ou por falta de organização, ou falta de essencialidade, não tem/podem fazer greve e obter ganhos salariais ou de outra natureza.

                                   Isso se estende em todos os setores e graus. Nos municípios o POVO vai à rua, toca fogo em ônibus, fecha ruas, avenidas e rodovias por não acreditar nos representantes (vereadores), por não respeitar a lei e pela impunidade existente. E, principalmente, pela fraqueza dos dirigentes que não sabem dizer não ou mandar cumprir a lei.

                                   Nos Estados membros, idem idem. Agora mesmo, depois do exemplo do Rio de Janeiro, com aumento, anistia, vem o Maranhão. Policiais  - ou marginais fardados – fazem greve. Militares armados, bombeiros armados, com filhos menores e esposas, grevam.

                                   O judiciário diz que é ilegal. E daí?

                                   Nenhum Juiz foi lá mandar recolher os menores.

                                   A Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros não iniciou qualquer processo de expulsão ou mandou recolher as armas. Tudo bem, tudo legal.

                                   É soldado mandando em Coronel, é cabo vindo de outro Estado mandando o Senador se calar, é Sargento Deputado fechando acordo com Governadora.

                                   

                                   Ia esquecendo na greve no judiciário, pessoal que ganha muito bem, não trabalha, fecha os Tribunais, os fóruns com a aquiescência de Juízes irresponsáveis e Desembargadores omissos; é greve na Justiça Federal prejudicando os velhinhos do INSS. É greve na Justiça do Trabalho prejudicando o pobre do desempregado. É greve no Ministério Público Federal prejudicando as ações civis públicas e ambientais. É greve no Ministério Público Estadual chegando a invadir o gabinete da Procuradora Chefe. É greve no Tribunal de Justiça do Maranhão arrebentando com a população carente que procura "Justiça". 

                                 Todos os grevistas ficam sem trabalhar e vão ter aumento.

                                  Aonde nós vamos parar?