sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PAPAI MANUCA















                    



Terra, América do Sul, Brasil, Maranhão, São Luís, Calhau, Fórum da Justiça Estadual, estacionamento, sexta feira, dia 12 de agosto do ano de 2011, por volta das 8:20 horas, dentro do carro S-10, sintonizado na AM 600, Rádio Mirante, programa apresentado por Roberto Fernandes, música cantada por Altemar Dutra: “... velho, meu querido velho... agora caminha lento. Como perdoando o vento. Eu sou teu sangue meu velho ... velho, meu querido velho... eu sou teu sangue meu velho ....velho, meu querido velho...

                        Tenso, com uma audiência no crime – que não atuo – mesmo sendo o autor, bateu a saudade do meu Pai... meu Papai.

                        Papai tinha o dobro da idade de minha Mãe quando se casaram, ele 36, ela 18. Quando nasci tinha 44 anos de idade, velho para os padrões da época e sem tempo para filhos, com muito tempo para tentar ganhar dinheiro para a família, não curtimos muito.

                        Pesa-me muito uma promessa não cumprida, marcamos para pescar no Rio Parnaíba, à noite, todos os homens, eu, Chico e Deque e o Papai. Marquei com ele, ele topou... nunca foi cumprida e nem disse aos meus irmãos. Digo agora.

                        Pois bem, se aproxima o dia dos Pais. Como não tenho Pai, fixo-me no meu filho, a Alex. Alex é homem de responsabilidade, tem família, tem filho que é filho de sua mulher mas o cria como se fosse dele, desde pequeno.

                        É um Pai exemplar, não tem mulher fora de casa, vive para a família, se preocupa com o filho em todos os aspectos e com a sua mulher, sem contar que é excelente genro, cunhado etc... É um filho perfeito, ainda que eu os coloque, como não querer fazer o curso de direito, ser Advogado ou Juiz Federal. Acho que não satisfaz o meu desejo pois se o fizer, no dia da posse como Juiz ou da primeira audiência como Advogado, eu morro. Como me quer vivo, não faz.

                        o curtimos muito devido a minha criação que repeti na criação dele, sem tempo para os filhos e com tempo para a família. Mas tivemos alguns momentos interessantes quando do Judô ou quando do seu acidente automobilístico. Foram os momentos mais íntimos que tivemos. Arrependo-me de não ter tido tempo, mas pelo menos me arrependi ainda vivo.

                        Hoje, há uma certa intimidade, ele tem se aproximado mais, com algum tempo para comigo, talvez pela velhice de ambos, mormente a minha. Não quero que ele se sinta mal quando eu me for e espero que não se me sinta mal, se ele se for, antes de mim... as probabilidades é que ele me enterre.

                        Pois bem, acho que no dia dos Pais o PAI a ser homenageado deveria ser o Alex, oficialmente Mitchael Alexandro Bastos Viana, Administrador por formação, Oficial de Justiça por concurso, bancário por vocação, Pai por devoção/obrigação. Que o Daniel, filho de sua mulher, que deveria ser seu filho, ainda que oficialmente por escritura ou outro ato jurídico, tenha consciência da paternidade e também o abrace no dia dos Pais. Curta, seja amigo, desfrute da paternidade, seja filho...
                        A todos os Pais, meus parabéns... e ao meu Papai, muita.. mas muitas saudades mesmo!

                        Sou filho de Manoel Viana, Seu Manuca, Doutor Manoel Viana, de Timon, com muito orgulho! Valeu Papai... Sou Pai de Alex, valeu meu Filho..

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