segunda-feira, 20 de junho de 2011

SEI LÁ.... A VIDA É UMA GRANDE ILUSÃO!

Sentimentos são emoções permanentes. Sensações são emoções temporárias. Emoções são estímulos permanentes. Estímulos é algo que você sente, é uma fisgada somente.

Confuso?

Pode ser, é dificil separar de um sistema orgânico e, como o próprio nome diz, sistema, partes  e fazê-las funcionar de maneira independente. O organismo é um só, como separar o físico, do mental?

Haveria de haver um mapa do que é físico e um mapa do que mental... como separar se mental, também é físico?

Imaginar sensações, sentimentos (orgânicos mentais), longe dos impulsos, dos estímulos (orgânicos físicos).. nessa confusão, continuo.

Os anos se passam e a gente acumula anotações escritas na memória sobre formas de lembranças, saudades, recordações, elas que vieram dos sentimentos, das sensações, dos impulsos, dos estímulos, da experiência, dos momentos vividos.

Tal como cheiro, perfume, odor... aquele cheiro que a gente identifica com alguma coisa, o cheiro de comida queimada, o cheiro da barata na farinha, o fedor de urina, o odor de hospital, o fedor da morte, o perfume da mulher amada, o cheiro do frescor... as lembranças, recordações, são associadas a determinados momentos vividos ou passados.

Aí, a gente vive de recordações, de lembranças... uma menina nova, nos recorda da juventude; o cheiro do carro novo, lembra o primeiro carro; o perfume de alguém lembra alguém que perfumamos e assim se vai..

O fato se repete não somente com odores, cheiro, mas com imagens.

Quantas vezes eu paro olhando uma casa, um carro, um casal, um aglomerado de gente, uma mulher, enfim, as imagens não trazem também lembranças, recordações e saudades. A gente revive, sente, se alegra, chora, quer, muitas vezes, reviver o fato, embora seja impossível de ser realizado, embora realizado.

Qual o motivo de tanto devaneios?

Analiso-me, deito-me na poltrona e tomo notas, bebo um tranquilizante, bebo uma dose, faço uma oração, medito, entro em estado de levitação e por fim chego algumas conclusões.

Primeiro é o corpo velho, cérebro cansado.

Segundo, as decepções.. e quantas. Na vida profissional, como contador as sonegações de impostos e fraudes  dos comerciantes; como jornalista e radialista, a sonegação da informações, a deturpação dos fatos, o aluguel da pena e da voz; como professor, a inutilidade dos ensinamentos e futilidade dos assuntos, o descaso dos alunos; como administrador, a desobediência dos donos; finalmente, como advogado, a corrupção, incompetência e descaso do chamado poder judiciário através de seus representantes.

Na vida íntima, a decepção com as mulheres e com os chamados amigos. Mulheres... vejam página no meu livro Caracóis do Mangue... mulheres que sempre me atraem, me fascinam e me decepcionaram, hoje não mais, pois os relacionamentos são relâmpagos, sem aprofundamento, um rosto bonito, um corpo, uma conversa agradável, uma troca de afagos e fruidos, pronto.. o amor foi eterno enquanto durou (ainda sem viagra, só com alcool..ainda) mas, há as lembranças daquelas que a gente tanto idealizou e que foram para o ralo.

Algumas que só queriam vantagens e conseguiram, melhor as de hoje, as profissionais ou libertinas que sabem o que quer e a gente não precisa idealizar...

Amigos? Amigo é coisa para se guardar, tenho poucos, prefiro não os citar, amizade é coisa de mão dupla, eu me considero amigo de fulano e fulano se considera meu amigo, ao contrário do amor/desejo que a gente nutre pelas mulheres, basto o do gente. Na amizade tem que haver troca, eu gosto de ti, tu gostas de mim. É o amor real, perene, para sempre. A gente perdoa o amigo, o amigo nos perdoa.

Aquele que se magoa, não é amigo, é um colega, um filho da puta qualquer.

É...

Devaneios são lembranças e não devo haver meio, começo e fim...
Sei lá,
a vida é uma grande ilusão!

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