terça-feira, 7 de junho de 2011

Os Recalcados...






Ou complexados, ou rejeitados, ou frustrados, ou sei lá o quê, são pessoas desajustados ao cargo. Tento explicar, quando você compra uma luva, ao experimentar, os dedos podem ficar apertados, os dedos podem ficar frouxos, a luva pode ficar pequena, grande ou perfeita. Assim é com o desempenho funcional, há pessoas talhadas para o cargo, com vocação, com todos os dedos necessários para a luva. Outros não, ficam apertados ou frouxos.

                              Quando se faz o chamado teste vocacional para a escolha da profissão é para não haver desperdício no final da conclusão do curso escolhido. A profissão deve ser individual, não dos pais, dos parentes, dos financiadores ou da oportunidade do mercado de trabalho. É natural que se ajuste a vocação com o mercado de trabalho, sempre que possível.

                              O que não se tolera é o trabalhador, concursado, funcionário ou servidor público, frouxo ou apertado. Bato sempre na mesma tecla, o concurso para o Tribunal de Justiça do Maranhão feito pelo bacharel e historiador Milson Coutinho. Também, o concurso feito pelo engenheiro Canindé para a Secretaria de Transportes de São Luís. Em ambos os casos, verdadeiro fiasco.

                              Escolheram um monte de gente que, no dia a dia, demonstra incapacidade para o cargo, desconhecimento da estrutura organizacional, amor pela profissão. Tratam mal os clientes, os contribuintes, os jurisdicionados, os dirigentes, os colegas, todos.

                              Fico revoltado com os comentários dos “concursados”, das paralizações, das reinvindicações, do estágio probatório, da efetividade, enfim, de todo o processo. Hoje, fazem o que bem entendem, trabalham a hora que querem e fazem o que querem, com a aquiescência e omissão dos dirigentes, tanto do Tribunal como da SMTT.

                              Fico revoltado com os funcionários do Tribunal, incluindo Fórum e Juizados Especiais. Os bacharéis em direito, os advogados e demais ocupantes dos cargos de nível superior, especialmente os assessores, analistas, técnicos e secretários judiciais vivem revoltados, reclamam, esperam a qualquer momento outro emprego, quiçá o de Juiz ou Promotor. Dizem que “fazem tudo”, que os Advogados são “imbecis”, não conhecem o procedimento, querem tudo etc... dizem que os Juízes só servem para assinar, reclamam do preto, do aleijado, da liberal e outros qualificativos, pejorativos, em relação aos seus superiores.

                              O Desembargador, o Juiz, ambos deviam gravar o que dizem os seus subordinados. A gente que lida, sabe e ouve e é obrigado a aguentar em virtude do apadrinhamento por parte dos mesmos ofendidos – sem saber.
                              Só para ter uma idéia, tentei falar com o filho de uma amiga minha do INSS que desempenha cargo importante do Tribunal. Mandei a minha secretária marcar, a pessoa que atendeu disse que ia marcar, até hoje não recebi resultado, embora tenha falado com o dito cujo. Pior ainda, foi tentar falar com outro que me considero amigo, há 10 dias marquei – estava no Tribunal e resolvi ir ao Gabinete – deixei o cartão e até hoje nada.

                              O que eu queria? Dar um abraço, perguntar como estava, coisa que faço sempre quando encontro seus Tios, sua Mãe, sua esposa, seu Sogro etc... Mas, o funcionário recalcado – inclua-se Juiz subordinado ao dito cujo – não marcou. Tudo bem, quando terminar o mandato a gente se fala.

                              Volto ao assunto: o cidadão, homem ou mulher, homossexual ou assexuado, funcionário do Tribunal/Fórum/Juizado Especial deveria conhecer a estrutura organizacional, os direitos e deveres do servidor público, o código de ética do servidor público, as leis desburocratizantes ou que defendem o usuário, o estatuto do servidor público e até mesmo leis penais, ao invés de somente o artigo 330  e 331 do Código Penal que usam como escudo.

                              Se não gostam do emprego, deixem, façam concurso para outro cargo, não falem mal dos seus superiores, nem tratem mal os usuários, facilitem a vida dos Advogados, pode ser que, amanhã, necessitem de um quando processados.
                              A maioria dos funcionários concursados são recalcados, digo isso pelo atendimento, pelos comentários, pela falta de vontade de fazer, pela ofensa aos seus superiores, enfim, por tudo o que vejo nos corredores.

                              É pena! Cada um devia ter uma luva ajustada.

                              Pensem nisso.... e cumpram a determinação da Lei, dos Juízes, do Tribunal... liberem as publicações, resenhas, sentenças, alvarás, ofícios... cumpram os mandados, façam as suas funções.



                              Obrigado!   

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