quinta-feira, 21 de abril de 2011

E AGORA?

A minha mulher chega e diz: vamos sair? Vamos... para onde? Pergunto... qualquer lugar. Vamos dançar tango na Argentina e na volta passa pelo Rio para ver a Aninha e as meninas, além do Henrique. Aproveita e vê teus parentes, Darcy e filha, além da Tia Bibi. Gostei, manda arrumar as malas.

                              Pego os passaportes, o cartão internacional, remédios, guias e vamos. Espera aí.... mas o Aeroporto está com problemas, o terminal está em obras, caiu de Aeroporto Internacional Cunha Machado para Terminal Aeroportuário do Tirirical. Está chovendo, a gente vai se molhar, as pistas estão molhadas, só tem tenda, além do mais a avenida dos franceses é só buraco. Buenos Aires está com surto de febre amarela e de gripe e o Brasil ainda não começou a vacina dos Idosos.

                              Deixa para lá.

                              Vamos para Timon. Gostei. Por avião a gente não pode ir, além do mais os horários são de madrugada. Vamos de ônibus leito. Só tem meio dia e param em todo lugar, há engarrafamento no Campo de Perizes, buraco na BR 135, acidentes no trecho Caxias-Timon, São Luis Bacabeira, além da possibilidade de assalto na Estrada.

                              A gente vai na caminhoneta. Pára em qualquer lugar, encosta em Itapecuru para ver o primo Jamil Mubarack e sua esposa Maud (pronuncia-se como em francês: môude). Mas, o excesso de velocidade nas retas? Os protestos na estrada, os acidentes, o engarrafamento?

                              Desiste.

                              Vamos ao Centro, de táxi, pois não tem estacionamento. Certo, vamos à Biblioteca ler meus artigos antigos que não transformei em livro e não os tenho mais, digo eu. Ela diz: vamos ver quando o Pergentino Holanda nos divulgava, quando frequentava o apartamento do Caiçara. Vamos à Biblioteca Benedito Leite. Certo. Não, diz a minha filha Maria Fernanda, está fechada para reforma há mais de ano...
                              Vamos à Praia.

                              Qual? A do Calhau, aqui embaixo, afinal a gente mora no Quintas do Calhau. A pé? Tem assalto ou carro passa por cima da gente. Vamos de bugre. A gente paga estacionamento e não roubam, quem vai roubar bugre? Certo. Biquini, água, remédio, documento, dinheiro em espécie, óculos escuros, sacola. Espera aí, não tem um negócio de balneabilidade? Todas as praias em São Luís tem sujeiras (cocô) além de estarem impróprias para banho.

                              A gente fica na Barraca. Fazendo o quê? Comer camarão, estás alérgica, comer caranguejo com aquele preço, nem pensar, não pago ladrão, mesmo tendo dinheiro... o preço da cerveja está mais alto que o monte everest, e mais quente que casal em lua de mel e Maria Fernanda gosta de ostras frescas que aqui, no Calhau, nunca tem. Então? Não vamos.

                              Vamos almoçar.

                              Feito, aonde? Em local que a gente veja gente e seja vista. Feijão de Corda? Tem filas. Churrascaria Pavan, a gente vai a pé e o Jair é boa praça, além de bom vizinho... mas tem filas, tem que ficar esperando... no Varanda da Castelo? ...não existe mais, como não tem mais o Vila Rica, o Quatro Rodas, a Base do Rabelo do Cemitério, o Catulé, o Bahiano...ah, tem a Cabana do Sol, daquele cidadão que conheci em Imperatriz quando das fiscalizações da Previdencia Social, o Régis, dono do Boi na Brasa... será que ele se lembra? Não, lá tem fila, paga-se estacionamento e a comida é péssima.

                              A gente bota a mesa no terraço da Ada Viana (terraço feito em homenagem a minha irmã) e a gente come, ouve música, toma banho no chuveirão e toma de banho de sol no gramado, na cadeira de piscina... bom programa, mas o barulho da reforma da Igreja Batista? O barulho da AMPEM? A zoada do carro do som da LOCALIZA SEMINOVOS? O mosquito da dengue que vem dos terrenos ao lado, com lixo de todo mundo? Podem ser que subam no poste e nos assalte, afinal estamos no período de indulto (período que os presos saem para passear)...é, vamos ver televisão.

                    Televisão comum. 

                    A TVN (televisão à cabo) está com problemas, congelando e só na sala está aparecendo legendas, nos demais pontos há mais de seis meses que reclamo e eles dizem que não tem caixinhas novas, só usadas, para substituir..( a Maria Fernanda - Advogada OAB/MA 6.215 - quer processar e pedir indenização, eu é que não deixo).... a gente fica na sala, cada um em sua poltrona.

                    A energia está piscando. Melhor desligar, vai terminar queimando e vai faltar energia. Sempre falta, há mais de 5 anos que tem falta de energia e não adianta reclamar para a CEMAR, EQUATORIAL, aquela lá dos Estados Unidos, como é o nome? Ou ligar 116. E olha que somos vizinho de Nerine Lobão, irmã do Ministro de Minas e Energia, o Edison Lobão.

                    A gente podia ir ao Cemitério, ver os amigos e parentes.




                    Vamos de táxi, mas mesmo assim, é dose, engarrafamento do retorno do Shopping do Automovel, no retorno do Quatro Rodas, no retorno da Policia Militar, confusão em frente à OAB/Secretaria de Saúde/Fórum, batidas na ponte Bandeira Tribuzzi, buracos na Camboa... é melhor acender uma vela em casa.. tem fósforos?

                    E agora? São Luís do Maranhão, ano 2011, Prefeito de São Luís: João Castelo (PSDB), Governador do Maranhão: Roseana Sarney (PMDB), Presidente da República do Brasil: Dilma Roussef (PT)..

Nenhum comentário: