sábado, 5 de março de 2011

PASTORAL DO CARNAVAL

                                                                    É só para chamar atenção.

                                                            Na verdade, todos sabem que carnaval é a festa da carne, portanto proibido no meio religioso, principalmente o católico de Roma que, para contrapor, hoje em diante faz uns retiros, os rebanhões entre aspas.

                                                            Os profanos e outros seitas, religiões, pecadores e ateus, agnósticos e o diabo a quatro brincam os dias de folia, pós folia, pré folia, folia fora de época... haja fôlego e saúde.

                                                            Quem incentiva? Os governos, desde Roma, de pão e circo. Como se deixava de trabalhar, se pagava para ver espetáculos ou por outro, se perdia a mão de obra pela morte do agente, quase sempre comido pelos leões ou pelas espadas/adagas/facas do adversário, a Igreja se ressentia do dízimo, da freqüência, e brigava com a realeza. O governo para contrapor ao poderia da Igreja promovia festas de graças... é uma história para boi dormir.


                                                            Hoje, as empresas estimulam, o governo paga, o povo dança, em todos os sentidos. Paga-se por uma camisa, mortalha, chambre, fofão, abada, seja lá o nome que se dá, para se usar durante alguns dias, com o nome das empresas. O imbecil paga para fazer propaganda, aqui incluindo do governo estadual ou municipal.

                                                              Quais os benefícios do carnaval?



                                                           Uma boa trepada anônima.... algum outro?

                                                            Tem para os governos, para as empresas, para os picaretas que montam brincadeiras, blocos, escolas de samba, etc... e acham que o poder público tem obrigação de pagá-los. E bem. E reclaram, basta ouvir uma Helena Leite da vida, sem desmerecer a nobre colega radialista, mas usando como exemplo da chiadeira.

                                                            Quem perde?

                                                            O próprio poder público.

                                                     Dissemina-se durante o período, as doenças através das bactérias, micróbios, fungos etc... As doenças infecto contagiosas se propagam, aí vai a tuberculose, vai o HPV, o HIV, lepra etc... não sou médico, sem contar com a gravidez das mocinhas que não tem menor idéia do que é ter filho e o manter.




                                                            O poder público não consegue reagir às cobranças das empresas especializadas, nem tampouco dos representantes do povo. O governo federal através do Ministério do Turismo e do Ministério da Cultura (para quê tanto Ministérios?) repassa verbas para os Senadores e Deputados Federais, além de, diretamente aos Governos Estaduais ou incentiva a uma Petrobrás, Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal, a financiarem atividades culturais, tudo entre aspas.

                                                            Os representantes do povo passam a empresas especializadas em eventos e desvios. Recebem 500 mil, repassam 500 mil, recebem de volta, nas campanhas os 50% em propaganda ou os 20/30% em espécie, imediatamente. É Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Vereador. O desvio é declarado, o governo federal sabe, os governos estaduais sabem, os governos municipais também. Este último, quase sempre, salvo nas capitais, não divide o dinheiro, ficam com todo.

                                                            A prefeitura banca o carnaval, contrata empresas de palco,sonorizações, contrata cantor, bandas... quando da campanha recebe de volta das empresas de publicidade, de palco, sonorizações o dinheiro de volta, com os custos abaixo do normal. Agora, com as bandas e cantores, recebe os 50% em dinheiro. Tudo normal, com as benções das Controladorias Federais, Estaduais e Municipais. Todo mundo é ladrão.

                                                            Diante disso, quem não quer carnaval?

                                                            Alguns pensadores, alguns planejadores, alguns religiosos de seita/igreja/fé diferente, alguns conservadores, só.

                                                            Acho que a gente pode contribuir para a não mercantilização do carnaval, para diminuir o roubo/furto/desvio da máquina carnavalesca, pode contribuir para que os recursos destinados ao carnaval seja utilizado em saúde, em segurança, em habitação, infraestrutura. A gente pode ficar em frente à televisão ou ir à Igreja (não mercantilista de dízimos obrigatórios ou impostos) ou reunir os amigos e fazer uma festa em casa, mesmo de carnaval.

                                                            Não freqüentar os circuitos oficiais ou passarelas ou qualquer outra coisa, não sair em escolas de samba ou blocos, enfim, contribuir de maneira isolada que, com o tempo, vai virar coletivo. O tempo vai nos mostrar que é estupidez o gasto público, as promiscuidades entre os humanos (homem com homem, mulher com mulher, mulher com homem), a violência desnecessária quase sempre pela ingestão de álcool ou outras drogas, o trânsito e tráfego carregados, o pagamento a um monte de imbecis e ladrões que vivem de brincadeiras em São João/Carnaval/Natal.


                                                            O barulho, a suspensão das atividades normais, a supressão do fornecimento de serviços públicos ao cidadão comum, o congestionamento e gasto com saúde e casas de saúde, o aumento do lixo,  enfim... o carnaval é uma merda.




                                                            Sou contra. Quem é a favor, brinque e agüente as conseqüências.

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