terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MALDITO GOVERNO OU INVASÃO DE PRIVACIDADE


               
                   


                     É governo? Sou contra!

                    Há em alguns lugares a mesma frase em espanhol que atribuem ao Che. Não sei se é dele, mas esculpe certinho com o escopo destes desvaneios.

                    O governo impõe que a gente não pode usar arma. (arma é instrumento de ataque e defesa). Diz que a gente tem que ser revistado em determinados lugares. Nos bancos a gente não pode entrar com objetos metálicos. A revista é rigorosa em Aeroportos e Palácios ou em Prisões.

                             Eu com isso?

                    O governo que coloque aparelhos de raios x, ou scanners nos lugares que diz ter que serem seguros. A arma deve ter o registro e o cidadão infrator punido pelos excessos ou deslizes.

                    O governo desconta INSS e IR no meu contracheque de funcionário público e obriga o particular a descontar de seus empregados, inclusive domésticos. Correto? Não, o governo que cobre, com os meios necessários, a previdência social e o imposto de renda, o assalariado/funcionário público deveria receber seu salário integral.

                    O governo diz que os vidros de meu automóvel devem ser transparentes. Por quê? Vai, amanhã, dizer que a minha residência não deve ter muros, ser toda envidraçada? A minha vestimenta pessoal deverá ser transparente?

                    Eu com isso?

                    É que estou revoltado com governo, qualquer que seja. Nos últimos anos, de 64 para cá – não sou seguidor da revolução ou dos militares, é apenas uma data – todos os presidentes envergonharam o País, mormente os filiados do PT (que bem poderia ser Picaretagem e Trambicagem). O mesmo se aplica aos governos do Maranhão e aos Prefeitos de São Luís. Incompetentes, corruptos, omissos, despreparados, enfim uma vergonha a todos nós eleitores pela péssima escolha ou pela omissão partidária política.

                    O governo, através de uma tal de ANS (agência nacional de saúde), cabide de emprego, que não fiscaliza planos de saúde, nem hospitais, nem médicos, nem nada, resolve controlar remédios. Por resolução, não por Lei, conforme manda a Constituição Federal. E todos calam!

                    Invadem a privacidade da gente e ninguém diz nada. Arma, banco, vidros de carro, contribuinte substituto gratuito, revistas, remédios... vamos parar onde?

                    Vamos chegar no supermercado e para comprar alimentos só com a indicação de nutricionista? Andar na litorânea ou fazer academia só com indicação dos formados em educação física e fisioterapeutas? Depositar em banco só com indicação do economista? Sacar dinheiro em banco, idem? Comprar material de construção, tintas, cimento, piso, só com indicação de engenheiros e arquitetos? Fazer sexo só com autorização do ginecologista, se mulher, do urologista, se homem e proctologista se amante de outro tipo de relação sexual, vai ser assim?

                    Já existe esta esculhambação hoje com outro nome, chama-se regulamentação da profissão. O autodidata não pode medicar, não pode advogar, não pode construir, não pode ensinar. Deixe o cidadão ser o que quiser, se cometer crime, que o puna; se o paciente morrer, condene-o; se perder a causa por detalhes técnicos, que o puna; se o imóvel cair, prenda-o e por se deve ir.

                    A função do governo é reunir, arrecadar tributos justos, incentivar, organizar, não é função sua intervir, nem regulamentar, este último verbo deve ser conjugado pelos parlamentares, legítima e legalmente eleitos pelo povo.

                    Não é possível e nem se admite mais, nos dias de hoje, diferenças entre governo e povo. Prazos processuais, prerrogativas de funções, privilégios, vantagens divergentes. É preciso rever atuais posições dos governantes e dos governados.
                        

                         Chega de ter gente mandando na gente!

Um comentário:

CHIICO MIGUEL disse...

Emanuel Viana:
Seu artigo é muito interessante,tem horas que a gente acha que é de cunho
anarquista. Mas eu aprovo muitas coisas, por isto vou pedir-lhe para citá-lo com alguns trechos em artigo que pretendo preparar com o título de "Porque não me orgulho do meu país", uma espécie de contestação ao livro Porque me ufano do meu país", do Conde de Afonso Celso, lido quando era criança da escola primária, época da ditatura de Getúlio.
Dizendo isto, me orgulho de participar e tê-lo como seu amigo no Facebook. Agora sou seu leitor também na internet.
Uma pequena curiosidade: Você é irmão do Melquisedeque Viana, meu amigo e colega?
Se não quiser, não precisa responder, claro.
Abraço forte do
Chico Miguel de Moura