quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CEGOS, SURDOS, MUDOS E ALEIJADOS




E não me venhas com falso moralismo dizendo que a gente deve usar o termo deficiente ou necessidade especial. A verdade deve ser dita, na linguagem do povo, sem sinônimos ou demagogia, diretamente, sem subterfúgios ou quaisquer mascaramentos.

                    É cego o dirigente que coloca no ar um site, uma página, um fale conosco e não responda a quem usa. Colocou para quê? Para ganhar um ISO, para mostrar que é “democrata”?Que a empresa é sadia? Que vive na comunidade?

                    “Me compre um bode” como reproduz o radialista e pastor Renato Sousa, atualmente na Rádio São Luís, do Zildeni Falcão, o empresário (?) na verdade, além de cego, é aleijado, pois não abre seus e-mails ou as questões que lhe chegam via “fale conosco”, “pergunte ao presidente”, “sugestão” ou similar. Ou é analfabeto funcional, como o Tiririca que não sabe a linguagem do computador, da internet, a língua portuguesa ou o vernáculo pátrio brasileiro com suas variações nacionais.



                    É surdo aquele que se esconde atrás de uma central telefônica, de uma assessoria ou de uma secretária que barra o eleitor, o consumidor, o cidadão inquirindo-o de “qual é o assunto”, “quem fala”, “da onde”, e tome reuniões, viagens, atendimento a outro telefone, saídas antecipadas, sessões inexistentes, chamadas ao Palácio ou visita a lojas.

                    É mudo, quando inquirido, quando instado em reuniões, locais públicos ou almoços, quando peitado, quando encostado na parede, quando face a face, não tem argumentos, fica calado, diz que o momento não é propício, não se lembra, vai resolver, vai falar, depois falo contigo ou te telefono mais tarde.

                    O cidadão quer respeito pelo seu estado, independente de cor, credo, religião, sexo, finanças; o eleitor quer atenção, devolução pelo seu voto em forma de tratamento personalizado e rápido; o consumidor quer obediência às leis reguladoras do assunto, quer seus direitos respeitados e assim por diante, todos querem, na condição de usuários, consumidores, eleitores, cidadãos não dirigentes, consumidores não produdores, eleitores não parlamentares que os que estão acima na escala de poder em virtude do sistema em que vivemos ,respeite, olhe, obedeça também as leis mais elementares da vida além das leis reguladoras do assunto.
 


                    Não há Deus e devotos, não há Pastor e rebanho, há apenas pessoas que ocupam, momentaneamente determinados postos e que, amanhã, com a deposição, a falência, o descobrimento de fraudes, a não eleição, a suspensão dos direitos, a cassação da toga, o rasgo da farda,enfim, a perda da posição, voltarão a ser cidadãos comuns com os mesmos anseios. Talvez mais, pois conheceram a outra face da moeda.

                    Não custa nada ser gente.

                    Lembrei disso pois tenho passado uma série de dissabores no meu dia a dia, tentando impor os meus direitos de eleitor, cidadão e consumidor, isoladamente.

                    Não posso dizer que “autoridade” é filho da puta, embora seja; ou que é criminoso por sonegação fiscal, responde processo e quando falir será pior que a matriz nos Estados Unidos ou o Alexandro Martins da Euromar; não posso dizer que o parlamentar foi eleito com compra de votos, ameaças, promessas, manipulação governamental; nem posso afirmar que o magistrado é imbecil de pai e mãe, passou em um concurso com cartas marcadas ou comprando provas; ao ainda que isso é isso e aquilo é aquilo outro.

                    Digo que, nos últimos tempos, tenho falado com a TAM, no “fale conosco” e ela me responde como se o Comandante ainda estivesse vivo; que o Senador Edson Lobão responde aos meus e-mails e telefonemas; que o CNMP(Conselho Nacional do Ministério Público) ainda com atraso, respondeu às minhas provocações; a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão responde as inquirições via internet, embora não se consiga falar ao telefone, nem marcar audiência; a CEMAR responde aquilo que não se perguntou, mas responde; quem mais? A ANEEL, responde tudo. Quem mais? Acho que só...

                    Já outras entidades, pessoas, órgãos..... enfim, gente que não presta, não respondem. Ou o computador está quebrado, ou o PABX não funciona, ou o celular tem defeito ou a secretária não passa, ou a assessoria  é incompetente ou.... tem mil e um motivos.


                    Quer exemplo: .... não posso nominar, direi apenas alguns entes que não nos responde como a Câmara Municipal de São Luis,  a Câmra de Deputados Federais,  AMPEM (Associação que se diz do Ministério Público); A GM do Brasil; a DALCAR no Maranhão, em especial, em São Luís;  a direção da GM no Maranhão, a revendedora de automóveis chevrolet, mesmo quando quer se reclamar de 30 (trinta) dias para consertar um carro quando o sua concorrente conserta em 7(sete) e ainda sai com defeito; o 156 da SMTT; o 190 do CIOPs; o  INSS no Maranhão....fico por aqui, para não “ofender” os pudibundos....
                   
                    Reflita: lembre, enquadre e comente... tem alguém cego, surdo, mudo e aleijado?



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