segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CORONEL GUEDES ou COMO SE USAR A IMAGEM EM BENEFÍCIO PÚBLICO




Que o homem é uma ilha, ninguém contesta. No meu artigo publicado no jornal EXTRA há considerações sobre o mundo de cada pessoa. Sob o título ILHAS SOCIAIS: TENDENCIA MUNDIAL (veja no dia 30/09/2009, http://www.extrasemanal.com.br, foi feita uma ligeira análise sobre o universo pessoal de cada um nos dias de hoje.

Pois bem, a ilha do Coronel Guedes (Tenente Coronel Carlos Henrique Guedes) parece ser bem maior que de muitos aqui em São Luis. se divulgou com distribuição de medalhas, com recebimento de títulos, com extrema ajuda aos desabrigados das enchentes, com a presença no encontro de bois no João Paulo e por aí vai. Quando se fala em 24 Batalhão de Caçadores do Exército ou só Exército, o nome que nos vem, é do Coronel Guedes, magro, simpático (às vezes com o riso enjoado), dinâmico, é assim o Coronel.

Não quero medalhas ou agradecimentos, estou usando o nome a figura para ilustrar o artigo.Aliás, se quisesse, teria tido, a minha mulher é sobrinha do General do Exército João Coelho de Souza (Tio Joãozinho), da alta cúpula do Exército, chegando a ser um dos diretores da IMBEL, já falecido; o primo dela, Coronel Paulo Ferreira (Paulo) foi o Comandante do 24 BC; e o outro Tio, Coronel Trindade (João Antonio Trindade) foi Comandante da 10ª RM ou similar, em Recife, também falecido; e para completar temos o Washington Viana, primo na caserna em Parati. Nunca pedi e nem desejo, portanto vamos ao ponto.

Antigamente, em São Luis, talvez pelo tamanho da cidade, a gente sabia quem era quem no jogo do bicho. Os Moraes (além de Sebastião Caracas, pai do compositor Rodrigo e comerciante Emanuel) na Importadora Moraes e Companhia Moraes; o Marão na Cinorte da GM/Chevrolet; o Chiquinho na Marauto (Volks). Citei as empresas que vendiam carro e quando a gente tinha alguma coisa a resolver, já se sabia a quem dirigir e falar.

Mas tarde veio, de Teresina, um dos irmãos Noronha que, aqui, revolucionou o mercado de carros. Falava com o Noronha, e a gente saía satisfeito.

O mesmo se dava com os Bancos, a gente sabia quem era o manda-chuva do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia, do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica, até mesmos dos bancos particulares. Todos se lembram do Lenoir, do Leitinho, só para citar os gerentes mais conhecidos. Hoje, o BB emite nome anônima, assinando Superintendência (veja jornais de sábado/domingo).

No ramo da telefonia, o mais lembrado foi Cateb (Dr. Cateb, médico famoso que enveredou por ramos comerciais), da TELMA. Implantou o celular no Maranhão e tinha fila para se adquirir, lista Vips, ingressei na segunda lista.

Na área hoteleira: quem não se lembra do Comendador Moacyr Neves, sentando na nossa mesa, perguntando se tudo estava bem, quando dos almoços ou jantares dançantes em seus hotéis?

Para que essa recordação?

É que, hoje, os dirigentes e autoridades se escondem.

É a indiferença. É a omissão. É o medo. É a covardia. É a incompetência. Poderia ser o crescimento, mas aqui rebato com o comercial da FORD onde o presidente da empresa apareceu em propaganda, o mesmo acontece com o proprietário das Casas Bahias.

Por que se escondem? É a vontade de permanecer no cargo, e aqui envolve o setor publico e o setor privado.

Quem dirige as ANA no Maranhão? As agências nacionais.... temos da água, da energia, da telecomunicações, do transporte terrestre, do combustível, da aviação civil, são quase 30 (trinta), todas com representantes nos Estados, e a gente não conhece ninguém aqui em São Luis.

Quem é o nosso representante no Banco do Nordeste do Brasil, no Banco da Amazônia, do Banco do Brasil? Antes a gente sabia do Carneiro, do Pantoja (BNB), do Cordeiro, do Castelo (BASA), do Belo Parga, do Dorian (BB). E hoje?

Quem está nos cargos federais? Sabe quem está no IBAMA? No Ministério da Saúde?

Vamos para os cargos estaduais. Sabe quem são os secretários do Governo do Estado? Alguns a gente sabe. E os adjuntos? E os extraordinários? Só vim saber que o Sérgio Tamer e o Costa Ferreira eram secretários vendo a lista de autoridades (publicação restrita em âmbito federal).

E no Município de São Luis? Vim saber que o filho de Antonia e ACM, o Eduardo Braide, é secretário de orçamento ou coisa parecida.

Continuemos, no Legislativo: conheces os Deputados Federais, Estaduais, Vereadores? Os diretores da Assembléia e da Câmara? O diretor geral da Assembléia é o ex secretário de fazenda do governo José Reinaldo/Jackson Lago, o amigo Azzolini, pelo menos vi em uma publicação. Sabias?

E na área privada? Os dirigentes de concessionária de veículos se escondem, com raras exceções, como o Manuel Dias da FIAT e o Carlos Gaspar da KIA. E o Alexandre Martins da EUROMAR, a quem devia dedicar este artigo, mas pelas circunstâncias, o excluí. Teve, este, a coragem, o dinamismo, a vontade de fazer.

Quem é o diretor da OI? da CLARO? da VIVO? da TIM? Quem dirige o Shoping São Luis? O Monumental? O Tropical? Antigamente era o Murad, hoje já não sei.

É triste ver que, com a alegação de segurança, as pessoas se escondem, querem ter privacidade quando não podem. A atividade pública é pública, deve ser escancarada, divulgada, com o ônus e bônus do cargo. Mas o que se vê é pessoas se escondendo por trás dos cargos, usam o telefone celular, usam a mordomia policial, usam o carro oficial, abusam dos serviços para si e para os familiares e não querem aparecer.

A atividade privada que se relaciona com o público, não pode ser restrita somente à mercancia, mas ser divulgada, também. Cito um exemplo de divulgação, na área comercial, do chamado grupo S, a gente ainda tem a publicidade do José Arteiro, do Jorge Mendes, do Airton. Se bem que o SENAR e SESC, não se divulgam (ou não)? Não sei, ou confundo os órgãos, SENAR, SENAC, SESC, SESI, e o quê mais?

A intenção deste artigo, destas reflexões, é fazer que o leitor se lembre que, em qualquer atividade, há de haver publicidade. Em não havendo é como aquele vizinho que chega, não se apresenta, levanta o muro e não fala com ninguém. Quase sempre é um marginal, um traficante, um fora-da-lei, alguém que tem algo para esconder.

O mesmo acontece com o vizinho do apartamento ou do edifício que não se relaciona, se resguarda. Quase sempre é um ladrão (pode ser de gravata), político corrupto, comerciante ladrão, homem corno, homem pedófilo, etc... A máscara de importante ou de não se misturar, de pedante, escondem a verdadeira face do dito cujo.

O cidadão que é cidadão, não tem o que esconder. Não se esconde a filiação, os estudos, a mulher, os filhos, o casamento, os amigos, os cargos que ocupa, os bens que possui (quase todos, por segurança e pela receita federal a gente esconde alguns, é normal). Já o cara ou individuo que se diz cidadão esconde tudo, até mesmo o nome.

É isso aí, o cargo público é como placa de carro, deve ser visível e exposto. O mesmo se dá com quem dirige empresas que se relacionam com o público. Estes devem ter maior cuidado pois é obrigação de se divulgar para que os consumidores possam usar de seus direitos.

É inconcebível que o eleitor não saiba quem são os seus representantes, no Legislativo, seus empregados no Executivo ou seus empregados do Judiciário, seus empregados em todas as instâncias, graus, locais. Deveria ter era na porta de cada repartição o nome de cada trabalhador/funcionário, horário de trabalho e salário.

Em São Paulo, na Prefeitura do PSDB, foi colocado na Internet o nome de todos os funcionários, com seus salários, com a aprovação do Supremo Tribunal Federal. É legal.

No site da Receita Federal é possível se localizar o CNPJ de qualquer empresa no País e, combinando-se com o site do Banco Central, a gente encontra tudo. Na JUCEMA a gente pode pedir uma certidão com o nome da empresa e seus integrantes. Por que não facilitam para o eleitor, para o consumidor e para o cidadão, divulgando a empresa, seu CNPJ, seus dirigentes? Afixando o ALVARÁ (a lei obriga) em local visível para que a gente, pelo menos, saiba o nome oficial da espelunca que o dito cujo dirige?

Como é blog, uso a primeira pessoa, eu lamento que alguns conhecidos meus, dirigentes de entidades públicas e privadas, continuem no anonimato para manterem seus empregos, suas regalias. Ou não se exporem, para que, não se saiba, o quanto são incompetentes. Ou, por outro, se escondam para que pessoas mais competentes não descubram que há (existem) aqueles cargos que ocupam. Ou, ainda, que alguém faça o levantamento pessoal e se descubra que eles não tem a idoneidade necessária, pois cometeram crimes, desfalque, falsificação, improbidade, lesões corporais, desvio de dinheiro etc.... Falei amigos? É para exemplificar, não tenho, como regra, amizade com criminosos, salvo os declarados, como o assumido e condenado Fernando da Gata.

Finalizo parabenizando o Coronel Guedes, sua esposa Edna Maria Pereira Guedes, suas filhas Maria Fernanda, Ana Carolina e, agora, a Ana Júlia. Puxada? Não, li no jornal EXTRA o nascimento de Ana Júlia, no dia 02 de outubro de 2009. Como se vê, o homem não tem nada a esconder, é, de fato, um exemplo a ser seguido.

Mantenha-se divulgado, exposto e parabéns ao Coronel e ao Exército Brasileiro.

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