domingo, 12 de julho de 2009

HÁ DE HAVER LIBERDADE


LIBERTAS QUA SERA TAMEM
OU HÁ DE HAVER LIBERDADE!












Liberdade é o lapso de tempo entre o vôo de um passarinho e o tiro do caçador. Pois bem, o mundo evolui e aumenta o controle, diminui a liberdade. O Estado e a sociedade impõe normas de procedimentos.

O índio andava nu, hoje é atentado ao pudor; as criancinhas sentavam no colo do amigos, chamados de tio, hoje são proibidas e os tios são pedófilos; antigamente se podia banhar com os filhos, sobrinhos e fotografar os pequenos nus, hoje vamos para cadeia, com as benções do cantor/senador/pastor Malta.

Chamávamos, carinhosamente, o preto de negro, de Pelé, de Mussum, que eram os negros mais famosos, hoje é discriminação, é racismo; não se pode chamar preto de negro ou preto de negro, já nem sei; não se pode chamar mais assim, se tem que chamar de afro descendente, embora o negro/preto não saiba nem quem é seus descendentes; não se pode chamar alguém de careca, é ofensa, dá processo e dano moral, tem que dizer, pouco cabeludo.

E a merda continua.. não se pode dizer merda em jornal, é proibido, é pornografia, é imoral, não é de bom tom. O gordo feio agora é cidadão obeso ou um pouco acima do peso ou ainda doente com obesidade mórbida, coitadinho; o aleijado, aquele que não tem perna, não tem braço, usa muleta, não pode ser mais chamado assim, é deficiente físico ou cidadão com limitação física; o cego, ceguinho, agora não pode mais ser chamado assim, virou deficiente visual; o maluco, doido, pinel, agora também não pode ser assim denominado, é deficiente mental.

A bicha, o pederasta, o viado, o baitola e fresco já não existem mais, viraram homosexuais, chama-los por um dos qualificativos citados, há discriminação, há homofobia. O mesmo se aplica quando a gente chama, aquela mulher que gosta de mulher, de sapatão, velcro, paraíba, mulher macho.
A puta, prostituta, rapariga e mulher da zona, agora é profissional do sexo, operadora do sexo, com carteira profissional e proteção policial (agora é oficial, não paga mais propina). O velho, o ancião, o velhinho, o vovô, o pé-na-cova, deixaram de existir, a gente é obrigado a chamar de cidadão da terceira idade ou da melhor idade. Melhor idade quando a gente já está para morrer?

O pivete, o marginalzinho, o moleque também agora não são mais assim chamados, são crianças ou adolescentes que cometem atos infracionais. O filho da puta (desculpe), a criança/adolescente furta, fura, rouba, mata, estupra, faz o que bem entende, é criminoso nato, filhos de criminosos, sabe disso, e apenas comete ato infracional. Pode? Corta o artigo, não há idade para criminoso, deveria haver um tipo de avaliação para determinar o grau de criminalidade imanente, ou seja, a criança de dois anos que cola a língua do cachorro ou corta o rabo do gato, deve ficar na cadeia, ser punido e ficar lá para sempre ou pelo menos até que haja nova avaliação.

E continua a sacagem.

Existem agora os processos em segredo de Justiça, o direito de imagem (o criminoso diz que não quer ser filmado e o imbecil do cinegrafista ou fotógrafo não filmem ou fotografam).

Outro parêntese, há o direito a imagem, quando há dano, ou seja, o criminoso, o marginal, até mesmo o menor (criança e adolescentes) salvo melhor juízo, podem e devem ser fotografados, filmados, exibidos em jornais, revistas, televisões, não há nenhuma proibição para isso. Caso se sintam prejudicados, recorram ao Judiciário que, quase sempre, apóiam a divulgação da imagem e julgam não haver prejuízo. Os editores de jornais, revistas, televisões deveriam ver os julgados do STJ e STF e mandar, autorizar, intensificar a divulgação dos marginais.

Ainda, tem gente que não quer ser fotografado em ambiente público. É um corno, desculpe, os cornos, não é, afinal corno deve ter mulher bonita para ser. É um desclassificado, ou descalcificado como dizia Jairzinho (é que o cidadão não tem cálcio para nascer os chifres). Se está em ambiente público, não há que ter proibição, a privacidade se dá somente entre 4 paredes do clube prive, da residência, da moradia, etc... Se o individuo está em um bingo, em uma jogatina, encostado no carro fazendo sexo ou outra ação, fotografe, divulgue.

A mulher está trocando beijos no cinema, debaixo da ponte, na praia, com o marido da vizinha ou com aquele político garanhão, fotografe, divulgue. Não há porque ter escrúpulos, que procurem um motel.. e cuidado com a entrada e saída, pois podem e devem ser fotografados e divulgados.
Entenderam o contraste? Não há contraste. Continuo contra qualquer forma de tolhimento à liberdade do individuo, qualquer norma que tolha o direito individual nato, natural. Há de haver liberdade para todos os atos dos indivíduos, a Sociedade, o Estado, não podem impor normas, direitos, regulamentos que sejam de encontro com o uso, costume, direitos naturais. Foi assim o nascimento do homem e deve ser assim a sua morte, que haja a condenação dos excessos, dos abusos.

Chamar, com sentido pejorativo, a bicha de bicha, o preto de preto, o gordo de gordo, o careca de careca, a sapatão de sapatão, o criança/adolescente criminoso de criminoso, a puta de puta, o aleijado de aleijado, o cego de cego, deve ser punido, ou seja, o que vale é a intenção, é a intensidade da palavra. O resto é cercear a liberdade, é impor normas absurdas como não se poder portar arma, usar vidros pretos nos veículos, não haver colônias de nudismo, isentar do crime pela idade (proteção aos criminosos mirins) ou condenar por elas (crime de pedofilia).

Neste último caso é um absurdo não se punir um criminoso em razão da idade ou se condenar um cidadão ao se relacionar com crianças e adolescentes em razão da idade, quando sabem o que fazem, podem e querem fazer.

Não sou racista, não faço apologia a crime ou criminosos, sou contra a falta de liberdade, e condeno o excesso de liberdade. Ah... e adoro putas (profissionais liberais de ajustamento social e sexual das pessoas).

3 comentários:

Trajano Ubatuba disse...

Meu amigo Emanoel,

Voce se esqueceu dos políticos! Como devemos agora chamar os ladrões, corruptos, mentirosos, assaltantes dos recursos públicos, enganadores do povo, etc,etc...? Devemos providenciar urgentemente uma denominação politicamente correta para estes profissionais. Aceito sugestões. Embora não concorde com tudo , gostei do artigo. Um grande abraço, TRAJANO

blog do Emanoel Viana, o homem que não engana disse...

Ok, divulgue meu blog e comente sempre. Teu processo anda, nos passos da Justiça brasileira (veja a foto que não coloquei aqui, uma tartaruga mirim, no deserto do saara. Abraços e me recomende ao Zé..AH... visite meu orkut, Emanoel Viana, tem fotos inusitadas lindas.. há uma casa que precisas ver

Anônimo disse...

É preciso que sejam sopesados os direitos em questão, quais sejam, o de liberdade de expressão e os da intimidade e dignidade; nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Da mesma forma que existem pessoas que se afetam por tudo o que ouvem, existem os que falam ou expressam ofendendo os demais. Creio que a melhor maneira de se apurar a intensidade da ofensa está na intenção de quem a proferiu: se casualmente ou se intencionalmente. No mais, adorei o artigo, bem criativo e interessante. Bjs, Ana Teresa.