Ingmar Bergman com o seu filme “Cenas de um casamento sueco” com a loura Liv Ullmann, me marcou nos anos 70, quando eu pensava
O nome já diz: convite, você aceita ou não; mas na família, convites de batizado, casamento, separação, sétimo dia, ação de graças, formatura, posse, funeral, visita a enfermos, tudo é obrigatório sob pena de retaliação. Em alguns, pela simpatia que tenho com os noivos, vou. E foi o caso.
Enveredei pelos buracos da cidade e fui parar
Um casamento como outro qualquer, salvo pelo fato de ser uma mulher o Padre, ou melhor, a Pastora. Falou bonito, fez pregação, ambiente familiar, gostoso mesmo. Só não gostei foi dos trajes do noivo, parecia uma imitação dos noivos americanos, com o mesmo terno, o mesmo talhe, a mesma gravata etc... No mais, o único fato lamentável foi que além da família do noivo, só nós, como parentes do noivo, faltou a presença dos Tios, Primos, Avó etc...
Deixaram-me
Lá vou eu.
Casamento internacional e católico. Uma Igreja do tamanho duas vezes minha biblioteca com uma decoração que a gente não tinha acesso aos bancos, tinha que pular o arranjo ou entrar em um lugar e vinha se estreitando até o local vazio. Demorou para iniciar, calor, aperto, barulho, gente demais.
O padre, um certo Frei Rodrigues, conforme diz o convite, começa falando: “estão pensando que aqui é um mercado, é uma igreja, façam silêncio” e com ar de zangado. Gravei estas palavras, missa com ele, só se for morto (eu). Uma festa para quem gosta, teve bandeira do Brasil, bandeira do País do noivo, erraram na leitura, uma zorra total. Salvou-se a tranqüilidade e o sorriso da noiva, esbanjando saúde, esbanjando simpatia e sexualidade (senti).
Achei que haviam errado na música, anunciaram Rosa de Pixinguinha, porém confirmei no Google e com a, mais uma vez, minha filha que eles é que estavam certo, pois imaginei ser do Francisco Petrônio o autor e intérprete.
Terminou o casamento, todos desceram para o Coquetel, igual ao primeiro casamento que falei. Em ambos, não fui.
Resumo dos casamentos: são elegantes, atrasam, os noivos sonham, os celebrantes pregam, alguns são simpáticos, outros chatos; os convidados se emocionam; os pais choram; tem sempre alguma coisa dando errado, algum esquecimento, alguma quebra do protocolo; os chatos dos fotógrafos enchem a paciência dos celebrantes e de quem gosta de tranqüilidade; dependendo do nível social, tem convidados com câmeras, celulares, batendo fotos, perturbando e não se concentrando na cerimônia; os noivos são velhos, novos, inexperientes, experientes, feios, bonitos, de todos os gostos; as noivas também, a única diferença é que algumas já transaram com toda a Igreja, quer católica, quer protestante (evangélica, grita Fernanda).
Gostei mais do casamento Evangélico, mais natural, mais perto de Deus que o casamento católico, cheio de raiva por parte do Frei e cheio de fatos distantes de Deus. Acho que é por isso que a Igreja Católica perde fiéis, pelos seus representantes que não vivem no amor mas no ódio.
Vou porque é o jeito, prefiro missa de 7º dia, prefiro missa de Ação de Graças, individual, pregada por Padre convicto e convincente.
E isso aí, parabéns aos sobrinhos William e Ruth, bem como Ivan e Nirvana, que sejam felizes para sempre. Ou enquanto durar!
Ah... procurei fotos dos sobrinhos para ilustrar, como não encontrei, ilustro com fotos da Internet.
Um comentário:
Muito bom comentário! Franco e sincero. Tá falado!
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