Aí, de repente, não se sabe a razão, a gente não consegue dormir apesar dos tranquilizantes, dos analgésicos tomados. Vira-se a noite, ainda bem que o silêncio ajuda, a gente pensa mais e conversa com a gente mesmo.
Será que alguém está cavando a minha cova? Será que algum amigo meu desencarnou? Ou será efeito dos remédios e da doença?
Olho para a última postagem do meu blog, que devia ser diário, e veja que é do dia 12 de maio de 2016.
Subi, estou no primeiro andar, na biblioteca, no anexo, moro embaixo, no térreo, são por volta de 4.00 horas da manhã, hora que, normalmente, acordo para andar na Litorânea.
Depois de tanto me remexer na rede e na cama, fico a pensar do Tibor. Meu filhão que devia ter sido mais Pai. Poderia o ter levado ao veterinário ao primeiro sintoma, mas com medo de ser infectado no canil, de darem remedio errado, de sujar o carro com o pêlo, de não ter tempo, enfim, de uma seria de coisas. De ficar com pena dele mesmo. Fiz medicação em casa, embora não ter sido isso a razão da sua. A Veterinária me consola dizendo que foi da velhice, do susto, do medo, dos foguetes, do coração velho.
Explica. Mas não me consola.
Sinto falta de meu Amigo, meu filhão que, nos últimos anos de vida, dormia comia aos pés de minha cama.
Sinto falta. Pena que não chore.
Mas prometo chorar. Ainda vou encher a cara, ficar de porre, e chorar pelo meu filho Tibor.
É isso aí.
Agora é limpar o local, rasgar papel, e esperar dá a hora do café matinal.
Aí, desço com meus filhos atuais, os papagaios, e fico na rede.
Posso até dormir com o barulho do puteiro fanático, domingo tem barulho de manhã e à noite, como sempre.
E para não ser desalmado, sinto sim, falta da Paff, do Puff. da Angela, todos deixaram muitas lembranças e muitas saudades.
Ah... a foto que ilustra é a mais parecida, não consigo ainda, olhar para o Tibor, sem sentir dor... a foto dele é só minha.
Em 03.07.2016
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