Vou às ruas sim
Vou pelo
deficiente, o aleijado
Vou por aqueles
que não podem andar
Vou por aqueles
que estão nos leitos hospitalares
Vou por aqueles
que estão nas camas em suas casas
Vou pelos
paralíticos
Vou às ruas sim
Vou pelas crianças
no útero
Vou pelas
crianças de cólo
Vou pelas
crianças que não entendem
Vou pelos
adolescentes desavisados
Vou pelos jovens
que vivem a vida
Vou pelas
crianças e adolescentes presos
Vou às ruas sim
Vou pelas
pessoas sem instrução
Vou pelas pessoas
que não são politizadas
Vou pela gente
do interior, do mato
Vou por aqueles
que não tem acesso à informação
Vou pelos pobres
de espírito e de coisas
Vou por aqueles
que não tem dinheiro para comprar rádio ou ver tv
Vou por aqueles
que, sequer, tem energia elétrica nos lares
Vou por aqueles
que vivem nas ruas e não tem com quem deixar os trecos
Vou às ruas sim
Vou pelos
velhos, idosos
Vou pelos
doentes mentais
Vou pelos
adoentados
Vou pelas donas
de casa que não tem tempo
Vou pelos
trabalhadores cansados
Vou pelos
trabalhadores sem folga
Vou às ruas sim
Vou pelos que
vivem no campo e não tem rádio ou TV ou jornal
Vou por aqueles
que nunca vieram à cidade
Vou pelos que
vivem em completa escuridão política
Vou pelos
desesperançados
Vou pelos que
acham que não vale a pena ir
Vou por todos
Vou às ruas sim
Vou por mim
Vou pela minha
consciência
Vou por me
sentir participante
Vou por me
sentir que, de alguma forma, contribuo
Vou sim, às
ruas...
Vamos?
Brasil/Maranhão/São
Luís/Dezembro.2015
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