quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

VOU ÁS RUAS SIM





Vou às ruas sim
Vou pelo deficiente, o aleijado
Vou por aqueles que não podem andar
Vou por aqueles que estão nos leitos hospitalares
Vou por aqueles que estão nas camas em suas casas
Vou pelos paralíticos

Vou às ruas sim
Vou pelas crianças no útero
Vou pelas crianças de cólo
Vou pelas crianças que não entendem
Vou pelos adolescentes desavisados
Vou pelos jovens que vivem a vida
Vou pelas crianças e adolescentes presos


Vou às ruas sim
Vou pelas pessoas sem instrução
Vou pelas pessoas que não são politizadas
Vou pela gente do interior, do mato
Vou por aqueles que não tem acesso à informação
Vou pelos pobres de espírito e de coisas
Vou por aqueles que não tem dinheiro para comprar rádio ou ver tv
Vou por aqueles que, sequer, tem energia elétrica nos lares
Vou por aqueles que vivem nas ruas e não tem com quem deixar os trecos


Vou às ruas sim
Vou pelos velhos, idosos
Vou pelos doentes mentais
Vou pelos adoentados
Vou pelas donas de casa que não tem tempo
Vou pelos trabalhadores cansados
Vou pelos trabalhadores sem folga


Vou às ruas sim
Vou pelos que vivem no campo e não tem rádio ou TV ou jornal
Vou por aqueles que nunca vieram à cidade
Vou pelos que vivem em completa escuridão política
Vou pelos desesperançados
Vou pelos que acham que não vale a pena ir
Vou por todos
 

Vou às ruas sim
Vou por mim
Vou pela minha consciência
Vou por me sentir participante
Vou por me sentir que, de alguma forma, contribuo
Vou sim, às ruas...

Vamos?


Brasil/Maranhão/São Luís/Dezembro.2015










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