A rigor, fruto é um órgão gerado pelo vegetais
floríferos e que conduz à semente. Ou seja, tudo que é gerado pelas árvores,
plantas, seria fruta.
Legumes é fruto seco, que se abre em duas fendas,
característico das leguminosas e constituído de um só carpelo.
São definições do dicionário do Buarque de
Holanda, mas, no dia-a-dia, frutas são vegetais que a gente come crus,
geralmente depois das refeições, ou entre, para complementar as ditas cujas.
Enquanto legumes fazem parte das refeições e a gente come cozidos.
Fruta é melancia, banana, laranja, maçã, bacuri,
juçara e por aí vai. Legume é quiabo, maxixe. Aqui começa a dúvida mas a gente
usa como tal embora não se saiba corretamente, o limão azedo é fruta? A cenoura
é legume? Alface é planta e é o quê?
Quase não há confusão, serviu para comer cru, é
fruta... cozido, é legume! Quando a gente faz salada, nós colocamos pepino,
alface, e o que a gente acha interessante para comer, é lógico que a gente não
vai colocar batata crua, cenoura crua, pedaços de limão azedo cortado, ou
quiabo e maxixe crus ou cozidos, há legumes que não se misturam com frutas e
frutas que não se misturam, como legumes que não devem se misturar. Um anula o
gosto do outro ou intoxica o organismo.
Uma boa salada é feita de frutas e legumes
compatíveis em que um aumente o gosto do outro. E o organismo fica mais saúdavel,
é agradável aos olhos e à boca.
Partido político, a rigor, novamente, trata-se de
pedaço da política, ou seja, representa um pedaço da Política maior. Política é
a arte do bem comum, diretriz, rumo, um conjunto de idéias. O partido é um
pedaço de idéias, tal como salada, é uma fruta ou um legume que compõe o todo.
E tal como salada, não se pode misturar
determinados pedaços pois, ou a salada estraga, ou fica difícil de engolir ou
prejudica o organismo da gente. Aqui, poderíamos pensar na beterrada crua,
misturada com buriti com casca, mais o piqui cru, mais pedaços de limão azedo,
junto com tomates macios, alfaces frescas, imaginou?
Pois é, o organismo é o todo, o País, a Nação. O
partido político é parte da Politica. Entendeu?
Aqui, no Brasil, a gente tem cerca de 37 legumes e
frutas, ou seja, partidos políticos, alguns sem representação nenhuma mas que
levam o nome. O caqui da vida ou carambola, que a gente não encontra ou ouve
falar. Ou complicados, como o piqui, cheio de espinhos. Grande demais como a
melancia. Azedo que nem o limão. Agradável igual ao tomate. Enfim, tem para
todos os gostos.
E falta legumes e frutas para a salada.
Os chamados partidos políticos não tem um gosto
definido, uma ideologia marcante, salvo raras exceções. Um se confunde com o
outro, é laranja lima, com laranja da terra ou limão doce, por exemplo, a gente
não sabe a diferença, quase.
Pois bem, a gente, o eleitor, precisa saber
diferençar um do outro, e quando misturar, fazer com sabedoria. Há frutas e
legumes que é melhor não vir para a mesa. Há partido político que não deveria
existir.
O diabo é que a gente necessita, precisa, comer
salada para sobreviver com saúde.
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