Parece com o título
do O PEQUENO PRÍNCIPE, porém há uma vírgula que nos remete ao ALEXANDRE, O
GRANDE, talvez uma mistura de ambos. A reflexão é sobre um garoto, de menos de
2 anos, chamado Alexandre.
Conheci-o, por nome, antes de um ano e por acaso.
Com certeza, as peças do destino. A Mãe, uma jovem bonita, apareceu aqui no
facebook, solicitando ajuda pois estava desesperada e necessitava de ajuda pois
estava passando por dificuldades. Palavras dela. Perguntou por Advogado ou
insinuou que o seu problema seria uma lide jurídica.
Chamou-me a atenção a foto da Mãe, muito bonita,
olhos grandes, lábios carnudos e jovem. Velho é apaixonado pela juventude,
olhar, usar, pegar, sentir, conversar, ajudar, talvez uma forma de querer um
pouco da juventude, como se ela pudesse passar assim, pelo contacto.
Coloquei-me à disposição, no meu Escritório. Deu os telefones e ela aparece por
lá.
Bem agradável, boa altura, não muito elegante mas
com todos os atributos que um homem quer em uma mulher. Explicou-me o fato,
havia vivido com um homem, o cidadão havia morrido, deixou ela grávida, agora
tinha tido o filho e queria regularizar a situação. Fiz as perguntas de praxe,
e descubro não ter nenhuma evidência para propor uma ação. Sugeri que viesse
mais uma vez, desta feita com todos os documentos e papéis e fotos que tivesse
com o dito cujo. Perguntou-me quando seria os meus trabalhos. Aí, fiquei
dividido, de um lado o homem doido para aproveitar a juventude e do outro o profissional
diligente e preocupado com o social. Disse que não era nada, pagasse ela quando
recebesse o quinhão que lhe é devida, não podia trabalhar de graça. Deixou um cheque
de R$ 10 mil para descontar a posteriori.
Outro dia, apareceu e mais outro e mais outro.
Mais documentos, mais conhecendo. Vivia com os Pais, filho adoentado, com uma galeteria,
corre corre, dívidas etc.. e falou que escrevia bem, de fato, escrevia bem no facebook.
Agitada, como sempre, me apareceu depois com um
blogueiro conhecido e explicou o que podia ou não podia fazer mas teria que ter
documentos como tais, tais e tais. Expliquei que poderia pegar no Banco, no
INSS, no locador, no facebook, no instagram, nas fotos, etc... e assim foi
feito. Trouxe todos os documentos pedidos e ingressei com uma Ação de
Reconhecimento de Paternidade Pós Mortem. O Advogado dos filhos do dito cujo
não tem muito experiência no ramo e deixou passar algumas brechas legais o que
resultou em um rápido andamento processual. Foi marcado o exame do DNA e
esperei.
E se o filho não fosse do dito cujo? Se o Mãe
fosse um rameira ou uma qualquer querendo enriquecer nas costas de idosos?
Idoso era o marido ou homem que a engravidou, disse ela. Esperei, resultado
confirmado feito com o sangue dos filhos do dito cujo, que resolveram evitar a
exumação do cadáver. Exultei.
Há que esclarecer que durante o curso do
processo, a Mãe deixou a galeteria, deixou o blogueiro que ajudava e passou a
viver, maritalmente com outro blogueiro, talvez mais famoso que o anterior. Espero
que dure e que o novo a respeite e a considere, a Mãe, nova, tem cabeça feita e
merece. E se mostrou uma boa Mãe, boa
mulher e tem progredido na escrita e no dia a dia. A continuar com a escrita escorreita e boa, rica
em conteúdo, vai ficar riquinha em grana, com o tempo. Talvez lhe falte um
banho de loja, um curso de manequim, dinheiro na conta e bens materiais para
que não viva agitada, preocupada com tudo e menos com ela.
Não vai gostar da observação. Ela.
Foi isso que aconteceu. Fui a Audiência de
leitura do DNA, ajustamos o nome do Alexandre, a Magistrada homologou o acordo,
o garoto tem nome, sobrenome e reconhecimento oficial que é filho do Pai que a
Mãe indicou. Tem menos de 2 anos o Alexandre. Moreno, esperto, bem cuidado,
desejado pelos familiares dela e pelo novo marido, companheiro, cacho.
O pequeno Alexandre é um garoto saudável, moreno,
com um grande futuro pela frente. Espero que Deus o ilumine, foi um grande
presente de Natal para todos nós. Ganhei o ano, como Advogado de Família,
apesar de ter perdido um afair com uma mulher bonita e desejada.
Afinal não se pode tocar sino e acompanhar
procissão, mesmo com a corda do sino sendo comprida.
Parabéns Alexandre. Quando estiver morto, tenho
certeza, com certeza, teus familiares hão de te lembrar de mim. Boa Vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário