Apnéia, tenho
A falta de ar, me
acorda do sonho
Estava tomando pinga
com o poeta Nauro Machado na Praia Grande...
Imagina...
E brigava,
Brigando, dizia ao
jovem que nos agredia: brigar contigo, jamais
Trocar socos, nunca
mais
Podes me bater e
Terás a honra de dizer:
Bati no homem que não
engana!
Suores!
Pensei então em meus
pecados
Pedofilia? Não, não é
pecado, é crime
Pode ser poesia, se
compreendido pelos partícipes
Pecados meus...
São sete os pecados
capitais, da Igreja Católica
Preguiça, nunca tive
Comecei a trabalhar
cedo
Já, aos dezoitos, era
concursado federal
Inveja, tive demais
Os meninos ricos que
tinham tudo e
A gente nada
Gula, talvez tenha tido
Entre a pobreza e a
satisfação de hoje
Devo ter comido muito
entre a pobreza e a classe média de hoje
Avareza, jamais
Até quando não tínhamos
nada,
Um pão a gente dava, em
Timon
A ira, ainda hoje peco
Raiva da incompetência,
da burrice, da falta de educação
Da Corrupção, e, principalmente
dos que não se conscientizam socialmente
Orgulho ou Soberbia,
agora tenho
Peco por me orgulhar de
onde venho, de onde vi, onde cheguei
Da consciência da
consciência política e social
De saber que sei alguma
coisa e tenho muito para saber
Finalmente,
A luxúria ... qual é a
penitência?
Não vale a excomunhão!
Ah... e o medo?
Medo não é pecado?
Devia ser, tenho medo
de morrer
Morrer dando trabalho,
acabando com as finanças
Fazendo que a Família
peça favores para hospitalização e
remédios
Tenho medo,
Medo de morrer sem
fazer ainda o que gostaria de fazer
É isso
Pecados meus,
Tenho poucos!
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