quinta-feira, 7 de maio de 2020

UM PESADELO CHAMADO CORONA











Uso de máscaras que eu respiro, me dói o peito. Só falta ir para o hospital, não aguento mais sequer falar na letra c, co.. e por ai

O carteiro – quase – toca na campanhia, e diz correspondência, ouço corona. Se vou para o cozinha, e perguntam aonde estou, digo, na sala da geladeira. O mesmo na copa, a sala de comer ... tá doido.. de refeições.

Uma cuidora veio pedir opinião, ela cornona ...mama mia. E por ai vai, tudo tem um c, tem co ..

Cópula agora é sexo, trepar. Comer é alimentar. Cocô é necessidades fisiológicas ou dejetos.

Comprar é adquirir. Corrupção é desvio.

Não falo mais corona... xi... não consigo .... não posso mais. É bom que aumento meu vocabulário.

Não tenho e nem faço mais contrato, faço acordos ..faço petições consensuais... ....  melhor, amigáveis.

Já sei que não preciso usar a palavra cortejo pois proibiram, o enterro é simples sem acompanhamento. Meu corpo é meu físico.

Nem me falei que co ...

Não tenho companhia, nem acompanhantes .. tenho gente que cuida de mim

A expressão confrade, companheiro, colegas, conhecidos viraram amigos, mesmo que não sejam. Os coveiros viraram abridores de sepulturas. Corno agora é portador de chifres. Colégio é Escola. Cova é tumulo. Cobaia é experimento.

Cobra é serpente. Corona é SDR, síndrome da deficiência respiratória. Não acordo pela manhã, desperto. Não corro mais, faça caminhada, melhor, ando mais rápido como exercício.

Imagino corona quando falo em compendio, em código, em conjunto de leis, em consolidação das leis do trabalho, enfim, tudo com co... ou até mesmo cú, me assusta.

Devemos confinar ... de novo corona .. para matar esta peste...

Enfm, é isso

Espaço, Terra, América do Sul, Brasil, Maranhão, Quintas do Calhau, refúgio dos Bastos VIANA.

Em abril,maio,junho,julho 2020.