Uso de máscaras que eu
respiro, me dói o peito. Só falta ir para o hospital, não aguento mais sequer
falar na letra c, co.. e por ai
O carteiro – quase –
toca na campanhia, e diz correspondência, ouço corona. Se vou para o cozinha, e
perguntam aonde estou, digo, na sala da geladeira. O mesmo na copa, a sala de
comer ... tá doido.. de refeições.
Uma cuidora veio pedir
opinião, ela cornona ...mama mia. E por ai vai, tudo tem um c, tem co ..
Cópula agora é sexo,
trepar. Comer é alimentar. Cocô é necessidades fisiológicas ou dejetos.
Comprar é adquirir.
Corrupção é desvio.
Não falo mais corona...
xi... não consigo .... não posso mais. É bom que aumento meu vocabulário.
Não tenho e nem faço
mais contrato, faço acordos ..faço petições consensuais... .... melhor, amigáveis.
Já sei que não preciso
usar a palavra cortejo pois proibiram, o enterro é simples sem acompanhamento.
Meu corpo é meu físico.
Nem me falei que co ...
Não tenho companhia,
nem acompanhantes .. tenho gente que cuida de mim
A expressão confrade,
companheiro, colegas, conhecidos viraram amigos, mesmo que não sejam. Os
coveiros viraram abridores de sepulturas. Corno agora é portador de chifres.
Colégio é Escola. Cova é tumulo. Cobaia é experimento.
Cobra é serpente.
Corona é SDR, síndrome da deficiência respiratória. Não acordo pela manhã,
desperto. Não corro mais, faça caminhada, melhor, ando mais rápido como exercício.
Imagino corona quando
falo em compendio, em código, em conjunto de leis, em consolidação das leis do
trabalho, enfim, tudo com co... ou até mesmo cú, me assusta.
Devemos confinar ... de
novo corona .. para matar esta peste...
Enfm, é isso
Espaço, Terra, América do
Sul, Brasil, Maranhão, Quintas do Calhau, refúgio dos Bastos VIANA.
Em abril,maio,junho,julho
2020.
Um comentário:
Gostei!!! 👏👏
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