sábado, 12 de outubro de 2019

CUIDADOR ESPIRITUAL

Cuidador é aquela pessoa que cuida de alguém. No Brasil, há uma figura que surge com força e por necessidade, é a Cuidadora. 

Cuidadora geralmente é uma pessoa dedicada que cuida de alguém que tem necessidades e não as pode suprir sozinha ou por completo. Agora, de especializa, há, inclusive uma Lei para ser aprovada, disciplinando a profissão.

Cuidadora agora tem que ter formação médica, de técnica de enfermagem, enfermeira e com noções de fisioterapia, de fonoaudilogia, de sociologia, de ética, de moral, e, principalmente tem que ter dedicação e sensibilidade. A cuidadora se anula, praticamente, pois passa a viver a vida do cuidado.

Hoje, ainda sem regulamentação, se usa 3 cuidadoras para cada paciente ou cuidado. Trabalham 24 e folgam 48, para ter contrato de trabalho especial. Tem que receber adicional noturno e outras vantagens. 

Tive experiencia com Cuidadoras.

Nos últimos tempos tinha 3, todas excelentes, tirando os defeitos. Agradeço muito a Ediléia, a Iracema, a Josy, a Graça, Luciana, e tantas outras até ficar com a Elieth, Francilene e Marijane que ficaram até o último suspiro de minha mulher, médica Lucia Fernanda, em 30.07.2019, na UTI da UDI.

Não vou falar dos defeitos das Cuidadoras, Enfermeiras, devidamente com experiencia e COREN. Vou falar do comportamento, ético, competente, e que me ajudaram, em muito, com Lucia. Houve problemas outros que não merecem ser relembrados. Espero que tenham uma boa vida, tenham emprego. Eu mesmo pedi para os dirigentes do UDI e do Centro Médico que contratassem, mas até hoje, nada. Falta de prestígio ou raiva que tem de mim, por não ser puxa sacos.

Mas, o assunto de hoje, é o Cuidador Espiritual, não o  Cuidador Físico.

Acho que nós deveríamos, todos nós, ter um Cuidador Espiritual, 24 horas por dia, na vida e na morte.

Aqui é que entra a novidade. Imaginemos que os 3 fossem, também, espiritual. 

Iria, todo dia no Cemitério, visitar a Lucia. Iriam visitar os amigos da Lucia, os parentes, aqueles que a visitaram durante a doença ou durante as homenagens depois da morte fisica.

Visitariam os parentes mais chegados, os filhos, o marido, os papagaios, a cachorra (bebê), a casa, o jardim, as instalações, o lay out, enfim, continuariam a tomar conta da vida espiritual de Lucia,

Acho que poderiam confortar os filhos, quando não se lembram dela ou quando se lembram dela e dos feitos praticados, alguns reprováveis. Consolar pelo fato feito, tentar tirar o remorso, se existir.

O mesmo com o marido, o companheiro, o cacho, o nome que se dê. A universidade federal do maranhão, única a colocar obice, na concessão da pensão por morte, querendo certidão de casamento atualizada, com o obito junto. Um certidão que dissesse que eu sou viuvo. Poderiam dizer que é normal, preocupação com roubos etc...

Acalmar o marido, o cacho, o convivente de 46 anos, após um casamento religioso, devidamente testemunhado, coincidentemente por um Reitor da Universidade, o padrinho José Maria Ramos Martins, que não suporta burocracia. O marido diz que não pode ser concedida como marido, por faltar documento, sobra documento de União Estável, razão da raiva.

As cuidadoras espirituais poderiam ir visitar os burocratas, dos locais em que Lucia trabalhou para relatar ou relembrar fatos.

Talvez esclarecer fatos.

Cuidadoras Espirituais poderiam mais.

Poderiam cuidar dos novos amigos fisicos dos deixados parentes deixados pela morta organica ou do espírito da morta. Mostrar terminados fatos para os amigos e para os parentes com o escopo de todos viverem bem, fisica e espiritualmente.

Enfim, uma nova profissão, espero que haja regulamentação.

Um abraço.
em 12.10-2019