Sum Paulo.
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Dra. Lucia Fernanda, Dra. Maijane e Eu, Emanoel Viana |
Tem
gente que dá um braço para viajar para São Paulo. Detesto. Acho uma cidade
muito grande, muito barulho. Mas, a minha sobrinha/prima Médica Graça Viana
insiste com a minha mulher, também Médica, que devia ir ver um Especialista
famoso com o escopo de obter novo diagnóstico ou manter o antigo. Fazem quase 1 ano de insistência. Queria
mandar um filho ou filha com minha esposa, ando muito cansado e não tenho
paciência com determinados atos administrativos e sociais do mundo de hoje.
Não
consegui.

Arrumo
as malas, convido a Enfermeira Marijane Oliveira para ir conosco. Pago
passagens na Booklin, 123 milhas, por indicação da Gracinha. Hotel reservado um
Comfort Hotel de Mariana. A 123 milhas me cobra 4.700 reais pela 3 passagens,
ida e volta. Baratissimo.
Viajamos
dia 20. Gool a empresa. Começa com o chamado check in, pois compradas as
passagens, a tal reserva só pode ser feita 48 horas antes. Queria os assentos
da frente os 1. Consegui um assento no 1, os demais em outros lugares. Mesmo
alegando que a passageira era cadeirante e tinha que ter uma enfermeira de lado
pois tem mobilidade reduzida, não anda e tem pouca firmeza nas mãos.
Aquela
frescura de um monte de imbecil a revistar a Lucia na cadeira de rodas. E com 3 stents no coração. O meu,
apenas o cinto. Tenho que comprar um cinto de plástico. Os terceirizados da
policia federal mandam mais que o Moro, uma arrogância em todos os Aeroportos.
Quando teremos parlamentar que acabe com essa frescura? Faça uma Lei
determinando um sistema de raios x, um corredor com scaner em que o Cidadão passe. Se
houver alguma dúvida ou arma, que um agente da policia, concursado e não
terceirizado, examine o Cidadão.

Simples,
o sistema pode ser expandido para a entrada dos Bancos. Mais só temos
parlamentares para roubar, ninguém tem iniciativa ou tem medo ou concordam com a
safadeza. Rende para quem contrata e rende empregos para os parentes dos
policiais federais. Não há outra explicação.
Voltemos
à viagem. Depois da revista, no embarque, o empregado da gool conseguiu,
repito, uma vaga na fila 1. Um filho da puta com a esposa, um canhão plástico,
não concordou em ceder os assentos. Ficaram na 1 e a minha enfermeira na 2.
Viajamos para Brasilia. Ah... para embarcar foi dada preferência à cadeirante.
Entrou primeiro.
Chegamos
a Brasilia. Todos descem. 120 pessoas, com bagagem. Uns 40 minutos. E nós lá.
Lucia mijada, na fralda. Depois que todos descem, vem a cadeira de rodas, a
nossa. Não há prioridade para sair. Só
saímos com a tripulação. Corremos para o outro voo, que estava saindo, ainda
bem que não era ele. Ficamos 4 horas em Brasilia, esperando a nossa conexão.
Deu
tempo de ir ao banheiro e trocar fralda. Alimento? Nenhum, conseguimos um
sanduiche de queijo e presunto e água. Comida especial para doente? Kkkk
Novamente
o embarque. Prioridade para entrar. Conseguimos duas vagas na fila 1, Lucia e
Marijane. Fiquei lá atrás. Mesma novela. Só que chegamos a São Paulo e o médico
estava marcado para as 17 horas e a
cadeira de rodas não chegava. Tivemos que esperar um guindaste para retirar
Lucia, pois na era rampa, era escada e ônibus. Deu tempo para chegarmos ao
Hotel e pagar taxi para ir ao Médico.
Duas
horas no médico. R$ 1.200 reais em dinheiro, sem cartão, sem plano. Diagnóstico
na mão, voltamos ao Hotel. Alimentação para doente? 20 reais por um copo de
leite.
Preocupado
com a alimentação, resolvo voltar para São Luís dia 21. Aí começa a novela.

Entro
no site da GOL, Tento remarcar. Diz que não é possível pois usei as milhas.
Tenho mais de 70 mil milhas e nunca usei. Tento falar com a tal broklin e não
consigo, tento a tal 123 milhas. Nada. Vou ao aeroporto de Congonhas, a Gool
diz que tenho que pagar 5.600 por três passagens. Acho absurdo, paguei 4.700
por ida e volta. Volto ao Hotel. Falo com a Lucia, ela acha que devo voltar
para São Luis, Deus deu, Deus dará. Os dois velhos decidindo a vida. Afinal,
até que a morte nos separe.
Resolvo
ligar para a Zulmira, antiga Agetur. Uma profissional fora do comum. Resolve
tudo. Pago 6 mil e poucos reais. Tudo certo, falta o check in, só pode ser
feito no aeroporto. Lá vou eu. Vamos nós.
Chegamos
as 17 horas para o voo das 20 e poucos. Fila das prioridades por lei, diz a
placa, tem uma mulher “normal” e um senhor com cara de mais de 60 anos, de
bermuda, uma moça com mascara. A gol não obedece prioridade nenhuma, em São
Paulo, fomos os últimos e com má vontade. A gool tem direção? Ou e ainda o
filho do dono da empresa de ônibus de Brasilia que não entende nada de
administração?

Marcamos
os lugares, não tem lugar na fila 1. Ficamos esperando. O mesmo sistema.
Entramos, esperamos. Tomamos a conexão. Mesmo sistema, conseguem enfim 2
lugares na fila 1. Voamos para a nossa Cidade. Pegamos um taxi, 65 reais e
voltamos para a casa. E brigas da Maria Fernanda.
Pagamos
32 reais do hotel para o aeroporto em São Paulo, 3 vezes mais a distância. É
barra.
Lições
da viagem:
1
– pesquise médicos, ouça vários, tire uma média;
2
– compre passagens áreas por cartão, mais longa prestação, direto na companhia aérea,
pois você pode, junto ao cartão, sustar ou cancelar se houver quebra de
contrato;
3
– reserve os assentos 1, se for cadeirante, ou não viaje;
4
– confirme que haverá sempre acesso, braçadeira de desembarque e embarques nos
aviões;
5
– leve medicamentos na mala de mão, peça ao médico a receita de todos, para
evitar que a policia federal proíba;
6
– leve alimentação do doente, os hotéis e os aeroportos não tem capacidade para
alimentar doentes ou pessoas que necessitam de alimentação diferenciada;
7
- reserve hotel perto de aonde você vai,
se médicos, se restaurantes, se museus, se teatros, se praia, enfim aonde você
vai mais e que tenha acessibilidade, na cama, no banheiro, na mesa do quarto,
etc...
8
–tente convencer o seu parlamentar a apresentar projeto para acabar com aquela
imoralidade nos aeroportos. Agora, privatizados, que sejam obrigados a ter um
raios x, corredor com raios x, scaner, para revista geral;

9
– leve o atestado médico do stents;
10
– tente convencer o seu parlamentar que convença a ANAC disciplinar o embarque
e desembarque de cadeirantes. Deve ser o primeiro a entrar e a sair, NUNCA SER
O ULTIMO A SAIR, ele está nervoso, doente, cansado, mijado e fica esperando
todos tiraram as bagagens e saírem, para poder sair. Leva 40 minutos, no
mínimo. Só quem é cadeirante ou acompanhante do cadeirante sabe o que é isso;
11
– tenha dinheiro para viagem, imprevistos acontecem, médicos e hospitais exigem
pagamento em dinheiro, em espécie. Exija, depois dos exames e consultas e
internações, DEPOIS, a nota fiscal de prestação de serviços para que paguem a
prefeitura, o estado e o Imposto de Renda;
12
– tenha paciência, leve valium e outros tranquilizantes. Tem filho da puta em
todo lugar, motorista de taxi, carregador, ascensorista, atendentes,
comissários, terceirizados da policia federal, passageiros idiotas e mal
educados, enfim, todo tipo de gente que não presta e que deveriam estar
desempregados, mortos;
13
– finalmente, agradeça a Deus por ter ido e voltado vivo, sem menos saúde,
apesar de lisos ...
.
Essa
foi a minha viagem de São Luis, a São Paulo com conexão em Brasilia, ida e
volta, pela empresa Gol. Voo 1733 e voo 1453 de Ida. Voo 1464 e voo 1732 de
volta. Uma merda de companhia, tirando a boa vontade de alguns comissários, uma
merda de viagem, de atendimento, de respeito, de consideração. Os passageiros
também, os filhos da puta que viajaram nesse dia, 20 e 21 de março de 2019, meu
desejo que fiquem cadeirantes, para sofrerem o que a gente sofreu.
Abraços
a todos. E até
São Luis 25.03.2019
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